segunda-feira, outubro 13, 2025
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Hamas solta todos 20 reféns vivos e Israel liberta palestinos

Troca de prisioneiros faz parte da 1ª fase de acordo de cessar-fogo

GAZA – O grupo palestino Hamas libertou nesta segunda-feira (13/10) os reféns que mantinha presos desde a incursão em 7 de outubro de 2023, segundo informação das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Todos os 20 reféns que se acredita estarem vivos foram libertados. Eles foram divididos em dois grupos: sete foram libertados no norte de Gaza no início da manhã e 13 foram libertados no sul de Gaza mais tarde. Os corpos dos que morreram ainda não foram entregues a Israel.

PALESTINOS

Em troca dos reféns, Israel começou a libertar 250 prisioneiros palestinos e mais de 1,7 mil moradores de Gaza detidos. Os hospitais em Gaza estão se preparando para o retorno deles.

Ônibus levando prisioneiros palestinos chegaram em Ramallah, cidade que abriga a sede da Autoridade Nacional Palestina, adversária do Hamas, na Cisjordânia.

A libertação dos reféns faz parte do plano elaborado pelos EUA para encerrar a guerra em Gaza. Os corpos dos reféns falecidos — que seriam até 28 no total — serão entregues posteriormente, disse o Hamas.

7 DE OUTUBRO

No ataque armado do Hamas, ocorrido no último dia 7 de outubro, cerca de 1,2 mil pessoas morreram e 251 foram feitas reféns.

Estima-se que 48 desses reféns ainda estavam nas mãos do Hamas, embora apenas 20 continuassem vivos.

A resposta de Israel a essa incursão deixou, em dois anos de conflito, mais de 60 mil mortos, muitos deles crianças e mulheres, e foi classificada por uma agência externa da ONU e outras entidades como “um genocídio”.

Os primeiros a comemorar a notícia da libertação em Israel foram os familiares dos reféns.

RETORNO

“Após 738 dias agonizantes de cativeiro, Omri Miran, Matan Angrest, Ziv Berman, Gali Berman, Guy Gilboa-Dalal, Alon Ohel e Eitan Mor voltam para nós, para o abraço de suas famílias, que trabalharam incansavelmente pela sua libertação, de seus amigos e de toda uma nação que acreditou e lutou para que este dia chegasse”, disseram familiares em um comunicado.

E acrescentaram: “Nossa luta não terminou. Ela não terminará até que o último refém seja localizado e devolvido para receber um enterro digno. Essa é nossa obrigação moral. Só então o povo de Israel estará completo”.

Uma nota manuscrita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara Netanyahu faz parte de um kit entregue aos reféns recém-libertados quando eles chegarem de volta a Israel.

“Em nome de todo o povo de Israel, bem-vindo de volta!”, diz a nota.

“Estávamos esperando por vocês, lhe damos as boas-vindas. Sara e Benjamin Netanyahu.”

O kit também inclui roupas, um laptop, um celular e um tablet.

TRUMP

O presidente americano Donald Trump chegou nesta segunda-feira ao Aeroporto Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv.

Várias figuras estavam presentes para recebê-lo, incluindo Netanyahu e sua esposa Sara, o enviado especial dos EUA Steve Witkoff, o assessor Jared Kushner e sua esposa Ivanka Trump — que é filha do presidente.

Espera-se que ele faça um discurso no parlamento israelense, em Jerusalém, antes de viajar para o Egito para sediar uma cúpula sobre a paz no Oriente Médio, onde estarão presentes cerca de 20 líderes mundiais.

Ele também deve se encontrar com as famílias de alguns dos reféns.

Quando questionado se gostaria de visitar Gaza, ele respondeu à imprensa a bordo do Air Force One que ficaria “orgulhoso” de fazê-lo.

“Eu conheço muito bem sem ter visitado”, diz ele. “Gostaria de fazer isso, gostaria de pelo menos colocar os pés lá.”

CÚPULA

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chega nesta segunda-feira à cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, onde será realizada uma cúpula de líderes mundiais sobre o fim da guerra em Gaza.

Durante sua visita ao Oriente Médio, Starmer prometerá um pacote de ajuda humanitária no valor de 20 milhões de libras (R$ 147 milhões) para ajudar a fornecer serviços de água, saneamento e higiene a Gaza durante sua visita ao Egito hoje.

O financiamento faz parte de um compromisso mais amplo de ajuda no valor de 116 milhões de libras (R$ 856 milhões) em apoio ao povo palestino este ano.

“O Reino Unido apoiará a próxima fase das negociações para garantir a plena implementação do plano de paz, para que as pessoas de ambos os lados possam reconstruir suas vidas com segurança e proteção”, deve afirmar o primeiro-ministro.

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