Cidades

Governo é criticado por falta de diálogo e ausência na ALMG

Reunião discutiu reivindicações de movimento grevista da Jucemg, que cobra cumprimento de acordo firmado em 2017

BH – A ausência de representantes da direção da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) e da Secretaria de Estado de Fazenda foi duramente criticada por parlamentares e servidores públicos que participaram, na terça-feira (19), de audiência pública da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião, requerida pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), debateu a greve dos servidores da Jucemg e a recusa do governo em negociar com o movimento.

AUSENTES

Para a reunião foram convidados o presidente da Jucemg, Bruno Falci, e o secretário de Estado da Fazenda, Gustavo Barbosa. Nenhum deles compareceu, nem enviou representante ou justificativa. Os servidores, que estão em greve desde 11 de fevereiro, reclamam o cumprimento de compromissos acordados judicialmente com o governo em greve ocorrida em 2017.

Servidores grevistas durante audiência na ALMG

A deputada Beatriz Cerqueira afirmou que o governo não pode ignorar seus servidores, nem a Assembleia Legislativa. “Não se pode permitir a banalização de um instrumento como a audiência pública. O governo não pode escolher quais pautas irá discutir. Não é possível que tenhamos um governo que decida não negociar”, criticou a parlamentar.

Mesmo posicionamento adotaram os deputados Sargento Rodrigues (PTB) e Osvaldo Lopes (PSD), vice-presidente da Comissão de Administração Pública. “Essa falta de diálogo é um início muito ruim, um início sombrio do atual governo”, afirmou Sargento Rodrigues.

REIVINDICAÇÃO

As principais reivindicações dos servidores em greve são: pagamento de uma ajuda de custo de R$ 140,83 aos servidores, que foi suspenso em janeiro pelo governador Romeu Zema; pagamento integral do 13º salário de 2018; criação de um plano de carreira e de uma comissão de combate ao assédio moral dentro da Jucemg.

“A greve pode parecer picuinha de servidor que não quer trabalhar, mas não é. É uma coisa muito séria e só fazemos depois de esgotar todos os recursos. Traz muita insegurança para os servidores que podem ter seus salários cortados”, afirmou a presidente da Associação dos Servidores da Junta Comercial de Minas Gerais (Asjuc), Alessandra Araújo.

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