Cultura

Gabriela começa na segunda

Juliana Paes e Humberto Martins vivem par ardente   (Crédito: Globo/Divulgação)

 

Em “Gabriela”, a personagem-título, vivida por Juliana Paes, vai parar a cidade ao se refrescar em uma fonte da praça. A cena do remake da Globo não existiu na obra original. O remake, inspirado na obra do escritor baiano Jorge Amado, foi escrito por Walcyr Carrasco. A novela tem direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho. A nova trama das 23h será exibida de terça a sexta-feira a partir do dia 18 de junho.
A protagonista do papel principal faz par com Humberto Martins, que interpretará o libanês Nacib. “Houve um entrosamento perfeito com Juliana (Paes), que está fazendo uma Gabriela incrível. É uma grande profissional. Somos cúmplices neste processo. Trata-se de uma trama política-social com romances, traições e sonhos”, elogia o ator.
Sem poupar elogios à sua protagonista, Walcyr Carrasco revelou: “Juliana Paes está a Gabriela que eu imaginei. Tem um olhar, uma coisa meio maliciosa. Mas, ao mesmo tempo, tem uma coisa que a Gabriela de Jorge Amado também tem, um jeito meio de criança”.

HISTÓRIA
Castigada pela forte seca que assola o nordeste brasileiro, Gabriela (Juliana Paes) resolve ir ao encontro da sobrevivência. O destino dela é Ilhéus, na Bahia, que é a cidade mais próspera de toda a região. Ao lado de seu tio Silva (Everaldo Pontes), a retirante parte em busca do sonho de ter uma vida melhor, quem sabe estabelecendo-se como cozinheira ou doméstica.
Mas a jornada dos dois não é tão solitária quanto eles imaginavam. No meio do caminho inóspito, Gabriela e o tio conhecem Clemente (Daniel Ribeiro) e Negro Fagundes (Jhe Oliveira). Também retirantes, porém ambiciosos, os homens convencem os dois a cruzar o deserto rumo às terras férteis para o plantio do cacau – o ouro daquela época.
Uma desgraça acontece antes de os quatro chegarem ao litoral: tio Silva morre, deixando Gabriela a sós com os jagunços. Mas não demora muito até Clemente cair nas graças da morena, ficando hipnotizado por sua sensualidade e seu espírito livre. Os dois não resistem à paixão e se entregam um ou outro em plena caatinga.

NACIB
O destino de Gabriela, pelo visto, não é ficar ao lado de Clemente. Quando finalmente chegam a Ilhéus, os três arriscam a sorte no antigo mercado de escravos da cidade. Lá, Nacib (Humberto Martins) caminha à procura de uma exímia cozinheira para o seu bar, Vesúvio.
Este sírio boa-praça bate o olho em Gabriela e, imediatamente, é fisgado por ela. E a recíproca é verdadeira. “Moço bonito”, diz a retirante, que é contratada na hora pelo charmoso estrangeiro.
“Quando chega à cidade, onde a vida é mais fácil, a comida é mais fácil, a água é mais fácil, aí sim ela se sente no paraíso, porque já passou por muita necessidade como: fome, sede, falta de lugar para dormir… Esse passado difícil é o que faz dela a mulher forte que é agora”, conta Juliana Paes.

CORONELISMO
Mas muita água há de rolar por debaixo desta ponte! Outros homens ainda vão cruzar o caminho de Gabriela. Um deles é Mundinho Falcão (Mateus Solano), um progressista que chega do Rio de Janeiro para abalar a estrutura política da cidade, comandada pelo punho de ferro de coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes).
‘Gabriela’ retrata uma mulher livre, que entende o amor, o sexo, a sensualidade, a natureza, os bichos e as crianças de uma forma muito livre. Sendo ela primitiva, miserável, sertaneja, humilde e ignorante, acaba sendo a mais livre de todos naquela sociedade dos anos 20. É uma mulher muito próxima de como elas são hoje, com todos os seus direitos plenos. Gabriela é um ícone da libertação feminina e a gente vai falar dessa história, de voto e voz femininos”, define o diretor geral da trama, Mauro Mendonça Filho.

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