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Futuro Climático: FIEMG debate Desafios e Soluções para o Vale do Aço

Palestras abordaram as áreas de Geociências, Geoprocessamento, Engenharias e Recursos Hídricos

Foto: Rafael Tímbola, doutor em Engenharia Ambiental, apresentou um panorama detalhado sobre os impactos da crise climática no RS

IPATINGA – As alterações climáticas, o desmatamento, as queimadas e a poluição nunca estiveram tão em pauta como atualmente. Nesse cenário, o Grupo Técnico de Gestão de Recursos Hídricos, do Conselho Estratégico da FIEMG Regional Vale do Aço, promoveu nessa quinta-feira, 29/5, durante o Sinergia, o Seminário: Futuro Climático: A Hora de Agir é Agora – Desafios e Soluções para o Vale do Aço.

 Para debater o tema foram convidados: Celso Bandeira de Melo Ribeiro – Professor e pesquisador na área de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Mestre em Recursos Hídricos – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor em Recursos Hídricos – Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. Rafael de Souza Tímbola- Mestre em Engenharia Civil e Ambiental, Doutor em Engenharia, CEO da Empresa SANEAR Ambiental Engenharia e Treinamentos Ltda; Sebastião Tomas Carvalho – Geógrafo, Mestre em Engenharia Industrial, Diretor do Instituto Doce Sítio e Consultor.

EVENTOS EXTREMOS

“Vivemos um cenário em que as ciências climáticas evidenciam, com crescente precisão, a intensificação dos eventos hidrológicos extremos. Esses fenômenos impõem desafios adicionais à gestão, que exigem planejamentos baseados em dados, modelagens hidrológicas, cenários climáticos e soluções baseadas na natureza”, explicou Jamile Ferrari, Analista Ambiental da FIEMG.

 Usando como ponto de partida o Futuro Climático, o seminário contou com palestras ligadas às áreas de Geociências, Geoprocessamento, Engenharias e Recursos Hídricos.

PROJEÇÕES FUTURAS

Celso Bandeira apresentou parte do seu projeto de pesquisa P&D – Previsibilidade de Bacias, que é uma parceria público-privada, entre a Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, e a Arcelor Mittal, trazendo informações importantes sobre técnicas utilizadas e ferramentas de modelagem hidrológica para realização de projeções futuras da disponibilidade hídrica, visando promover o planejamento e a adaptação das Unidades da Arcelor Mittal frente aos cenários das mudanças climáticas.

IMPACTOS NO SUL

Também especialista na área, o Doutor em Engenharia Ambiental e atuante na área de perícia ambiental, Rafael Tímbola, apresentou um panorama detalhado sobre os impactos causados pela catástrofe das enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, o diagnóstico dos danos, as ações emergenciais adotadas pelo governo do Rio Grande do Sul e as tecnologias empregadas na identificação e avaliação das áreas atingidas.

“Esse Seminário ressalta a importância de democratizar esse conhecimento, alertando a sociedade para os riscos climáticos, a necessidade de políticas públicas efetivas e o papel crucial da ciência na prevenção e mitigação de desastres. Trazer esse conhecimento para o setor produtivo da Região do Vale do Aço é uma estratégia para preparação e resiliência diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas”, pontuou Tímbola.

CONVERSAÇÃO DE ÁGUA E SOLO

Já o Mestre em Engenharia Industrial e também Geógrafo, Sebastião Tomas de Carvalho apresentou técnicas para conservação de água no solo, através da subsolagem reexecutadas por meio de cortes feitos no solo para infiltração de água durante os períodos de chuva, gerando abastecimento do lençol freático, além da contenção do escoamento, evitando erosões do solo.

 Já o Gerente Regional da Copasa, Thiago Joselito, apresentou um panorama geral sobre o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana do Vale do Aço – RMVA, com ênfase no cumprimento antecipado das metas de universalização do abastecimento de água, além nos investimentos realizados para expansão e melhoria dos serviços realizados pela Companhia.

Na oportunidade, ele destacou a importância da proximidade com a população atendida, bem como com o empresariado local. “Baseado no compromisso da Copasa de cuidar da água e gerar valor para as pessoas, a Companhia investiu cerca de R$268 milhões em ampliação e melhoria no sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto na RMVA”, disse.

Para Jamile, a ciência tem um papel crucial quando se trata de segurança hídrica. “As pesquisas estão cada vez mais avançadas e as geotecnologias nos oferecem ferramentas e evidências cada vez mais robustas sobre a necessidade de ações coordenadas e estratégicas para garantir a segurança hídrica e a resiliência dos sistemas naturais e produtivos. Ao mesmo tempo, não podemos ignorar a necessidade do desenvolvimento industrial, motor do progresso e da geração de oportunidades. Dessa forma, a FIEMG faz o papel de trazer à casa da indústria atores importantes e contribuintes de ações sérias, fundamentadas na ciência e na tecnologia para fortalecer e fomentar importantes discursos”, concluiu.

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