Esportes

Futebol coletivo passa a ser prioridade na seleção

(Crédito: Ricardo Stuckert/CBF)

RIO – A primeira mudança na seleção brasileira foi anunciada ontem pelo presidente da CBF, José Maria Marin: a contratação do ex-jogador Gilmar Rinaldi para o cargo de coordenador de seleções da entidade, substituindo Carlos Alberto Parreira.

E ao conceder sua primeira entrevista coletiva no novo posto, Gilmar adiantou que pretende atuar até mesmo na maneira de os atletas se portarem fora de campo. Ele criticou o boné utilizado pelos jogadores do Brasil antes da semifinal contra a Alemanha, com mensagem de apoio ao lesionado atacante Neymar.

“Eu joguei com grandes jogadores e essa coisa da vaidade não vai ser problema para mim. No jogo da Alemanha, uma coisa que me incomodou foi o boné. Acho que a frase tinha que ser ‘Força, Bernard’. As coisas são dinâmicas e mudam muito. Tinha que ter o nome do jogador que fosse entrar. Não entrou em sincronia. Acho que poderia ter sido outra frase”, afirmou.

Em diversos momentos da entrevista, Gilmar ressaltou o foco no trabalho coletivo. O dirigente, inclusive, utilizou a Alemanha como exemplo de como o individual deve ficar em segundo plano diante do trabalho em equipe.

“Eles tinham um jogador que poderia bater o recorde de um brasileiro, eles estavam ganhando de 4 a 0 (de Portugal) e o treinador não o colocou em campo. Era para mostrar que o coletivo estava acima do individual”, comentou.
“No Brasil – prosseguiu – vamos ter sempre o plus do craque, que ninguém tem. Eles vão ser sempre nosso diferencial, mas nós temos que buscar enfoque na parte coletiva”.

Gilmar também ressaltou a importância da união de todos os setores do futebol nacional em prol da seleção brasileira. Além de consultar ex-jogadores e treinadores, o novo coordenador pretende contar com a colaboração dos membros da comissão técnica da última Copa do Mundo.

“Tenho relacionamento muito bom com toda a antiga comissão técnica. Felipão é meu amigo pessoal. Doutor Runco foi meu médico no Flamengo, Rodrigo Paiva foi quem me ambientou no Rio de Janeiro. Vou buscar essa ajuda e tenho certeza de que eles estarão prontos para ajudar. Não estão mais aqui, mas amam a seleção brasileira”, afirmou.

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