IPATINGA – A Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do Hospital Márcio Cunha (HMC), emitiu nota anunciando acordo firmado com a Prefeitura Municipal no Ministério Público para pagamento da dívida que já soma R$ 49 milhões. A acordo prevê o pagamento do valor em três parcelas, com vencimentos nos meses de fevereiro, março e abril de 2026. O Município também se comprometeu a manter a regularidade e a integralidade dos repasses mensais a partir de janeiro de 2026, conforme estabelecido no contrato vigente.
“Em reunião convocada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio das Curadorias de Saúde e de Fundações, realizada na tarde desta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, o Município de Ipatinga apresentou proposta de acordo reconhecendo um débito aproximado de R$ 49 milhões junto ao Hospital Márcio Cunha/Fundação São Francisco Xavier, referente ao exercício de 2025”, informa a nota.
“O acordo firmado – prossegue – prevê o pagamento do valor em três parcelas, com vencimentos nos meses de fevereiro, março e abril de 2026. O Município também se comprometeu a manter a regularidade e a integralidade dos repasses mensais a partir de janeiro de 2026, conforme estabelecido no contrato vigente”.
“A Fundação São Francisco Xavier reafirma seu compromisso com a transparência, com a defesa do interesse público e, sobretudo, com a continuidade da assistência à saúde da população, permanecendo à disposição das autoridades competentes para o diálogo institucional e a construção de soluções que assegurem a sustentabilidade dos serviços prestados pelo Hospital Márcio Cunha”, conclui a nota da FSFX.
PREFEITURA
A Prefeitura de Ipatinga também celebrou o acordo afirmando que o pacto, mediado pelo Ministério Público de Minas Gerais, põe fim a um impasse. “Com os pagamentos iniciais já efetuados e um cronograma claro até 2026, que asseguram a continuidade ininterrupta dos serviços de saúde essenciais para Ipatinga e municípios vizinhos, o acordo não apenas quita dívidas pendentes, mas reforça o compromisso com o bem-estar coletivo, inspirando confiança em um futuro mais seguro para todos”, diz a Prefeitura.
RESPOSTA
Segundo o governo municipal, o acordo surge como uma resposta oportuna às preocupações recentes veiculadas na mídia sobre débitos municipais com a FSFX, eliminando qualquer sombra de insegurança quanto à prestação de serviços médicos. “Esse é um marco que tranquiliza a população e fortalece o sistema de saúde local”, destacou o secretário municipal de Saúde, Walisson Silva Medeiros, durante a reunião final realizada nesta sexta-feira. Ao lado dele, o procurador-geral do Município, Andrei Gonçalves Ferreira, enfatizou que “nunca houve prejuízo assistencial decorrente dessa questão financeira, mas agora, com o acordo, estamos não só regularizando o passado, mas planejando um futuro sustentável”.
NEGOCIAÇÕES
As negociações, que contaram com duas reuniões decisivas, a primeira na terça-feira e a culminante nesta sexta, foram construídas de forma colaborativa. Participaram ativamente representantes das secretarias municipais de Saúde, Fazenda, Governo e Planejamento, além da Procuradoria-Geral do Município e do corpo diretivo da FSFX. A mediação envolveu ainda instituições-chave, como a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG), garantindo uma abordagem equilibrada e focada no interesse público.
PRIMEIRO PAGAMENTO
No cerne do acordo está a quitação de uma dívida acumulada, com repasses oriundos de fontes federais, estaduais e municipais. Já na primeira reunião, a Prefeitura efetuou um pagamento inicial de quase R$ 13,5 milhões, demonstrando compromisso imediato. O cronograma para o restante prevê parcelas mensais a partir de fevereiro de 2026, com conclusão em abril do mesmo ano. Além disso, o orçamento municipal de 2026 já prevê repasses mensais atualizados e garantidos à FSFX, assegurando estabilidade financeira e operacional para o Hospital Márcio Cunha, um pilar da saúde regional que atende não só Ipatinga, mas também municípios pactuados.
DÍVIDA HISTÓRICA
“Apesar do valor da dívida referir-se a 2025, ela é histórica, vem sendo transferida ano após ano por várias gestões sem ser sanada e, agora, o acordo vai permitir a quitação de tudo”, afirmou Walisson Medeiros. O secretário destacou ainda que os usuários que dependem do Hospital Márcio Cunha para a continuidade de tratamentos específicos, como pacientes oncológicos, neurológicos, nefrológicos, entre outros, que nunca sofreram desassistência, agora têm a certeza absoluta da continuidade do tratamento com este acordo selado.
PARCEIRO VITAL
“A FSFX, reconhecida por sua excelência em saúde, continua a ser um parceiro vital do município, e esse acordo reconhece sua grandeza ao priorizar a regularização de pagamentos. Estamos construindo pontes para uma saúde mais acessível e eficiente”, destacou o prefeito Gustavo Nunes. “Essa iniciativa não só resolve uma pendência administrativa, mas eleva o debate sobre investimentos em saúde pública, mostrando como diálogo e planejamento podem transformar desafios em oportunidades. A população de Ipatinga, que acompanhava o tema com expectativa, agora celebra um capítulo de união e progresso, onde o foco permanece no que realmente importa: vidas salvas e comunidades fortalecidas”, concluiu.
