Donald Trump duplicou para 50% a tarifa sobre aço e alumínio brasileiros
IPATINGA – A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) emitiu nota de posicionamento sobre a decisão do presidente do EUA, Donald Trump de escalar a taxação do aço e do alumínio brasileira. De 25%, a taxação subiu para 50%.
Na primeira decisão de taxar o aço e o alumínio, tanto as empresas siderúrgicas como o governo brasileiro, apostaram na negociação como forma de reduzir o impacto tarifário imposto pelo governo norte-americano.
Na nota emitida nesta quinta quinta-feira (05/06), a Fiemg volta a apostar numa “solução negociada” e diz que recebeu com preocupação a decisão do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas sobre o aço. “A medida impacta diretamente a competitividade da indústria brasileira e mineira, comprometendo empregos e investimentos no setor”, diz.
A FIEMG defende que o Brasil, por sua parceria estratégica e histórico de cooperação com os Estados Unidos, deve ser tratado de forma diferenciada nesse processo. É importante que prevaleça o diálogo e o bom senso.
SOLUÇÃO NEGOCIADA
Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, é fundamental que os governos do Brasil e dos Estados Unidos cheguem, com urgência, a uma solução negociada que assegure condições equitativas para o comércio bilateral e proteja os interesses da indústria brasileira.

“INVASÃO CHINESA”
Para o líder empresarial, as tarifas têm efeito direto nas exportações brasileiras e, com essa segunda rodada de elevação, pode afetar boa parte do parque siderúrgico. “Neste momento, já temos uma invasão dos produtos chineses, também em função da guerra comercial. A decisão impacta diretamente a competitividade brasileira e pede bom senso. Sem acordo, haverá problemas graves para o setor siderúrgico. Mas acredito que, se a gente negociar alíquotas diferenciadas para o Brasil, ao invés de perder espaço para o mercado americano, iremos ganhar espaço”, afirma Roscoe, reforçando que, por isso, é importante que haja uma negociação entre o governo americano e o brasileiro.
TRATAMENTO DIFRENCIADO
“Entendemos que o Brasil tem tudo para ter um tratamento diferenciado nestas tarifas. Independente do acordo, o governo brasileiro já deveria implementar políticas de proteção, como ações antidumping. Há necessidade de proteger a nossa indústria local. Se isso não ocorrer, teremos redução da produção de aço, de arrecadação e da geração de empregos, nesse setor tão importante.”