Iniciativa visa o combate à pandemia do novo coronavírus
IPATINGA – A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico de João Monlevade (SIME) doaram ao Hospital Margarida, nessa segunda-feira (14), mais 5 ventiladores pulmonares e 5 bombas de infusão que contribuirão na recuperação de pacientes com a Covid-19.
De acordo com o presidente do Sime, Wenilson Fernandes, o sindicato, com o apoio da FIEMG e das empresas associadas renova seu compromisso para a preservação da vida e do bem estar de toda população local e regional.
A indústria sempre possuiu um papel incisivo nos momentos de transformação social e não poderia deixar de fazer sua contribuição para auxiliar os Monlevadenses no enfrentamento dos efeitos da pandemia do novo coronavirus”, pontuou.
AÇÕES
Flaviano Gaggiato, presidente da FIEMG Regional Vale do Aço, endossou que desde o início da pandemia a entidade tem atuado assertivamente. “Realizamos diversas campanhas, doação de álcool em gel, compra de testes e distribuição de máscaras, investimos também em pesquisa de vacina, reparação e fabricação de ventiladores”.
Gaggiato destacou que o hospital Margarida foi beneficiado durante a pandemia com a doação de 600 máscaras, 85 litros de álcool em gel e 5 ventiladores pulmonares ofertados pela entidade.
“Espero que essa doação e esses 10 ventiladores fortaleçam o hospital Margarida e reduzam os danos provocados pela covid-19”, finalizou.
VENTILADORES
Os ventiladores pulmonares foram idealizados e produzidos pela Tacom, com objetivo de minimizar os impactos no sistema de saúde gerados pelo coronavírus. A produção dos equipamentos contou com o suporte da FIEMG, que mobilizou a indústria e arrecadou recursos para viabilizar o projeto. A empresa mineira desenvolveu tecnologia inédita para a fabricação dos equipamentos, permitindo reduzir seu valor de mercado, tornando-os muito mais acessíveis se comparado a produtos semelhantes.
O equipamento produzido é o VI-C19 que utiliza dois módulos para fazer a ventilação: o volume controlado (VCV) e o modo pressão controlada (PVC). Ele está apto a ventilar qualquer doente com insuficiência respiratória que necessite do apoio mecânico. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar formada por médicos intensivistas, engenheiros, programadores e desenvolvedores.
Alguns pacientes com doenças neuromusculares, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – que inclui enfisema, bronquite e asma – ou pessoas saudáveis que desenvolveram uma pneumonia ou infecção respiratória, podem usar o VI-C19 em caso de necessidade e ajuda mecânica.