Cultura

Festival apresenta clássico de Maria Clara Machado

O espetáculo conta a história de uma família que vive em um sótão, entre eles o fantasminha Pluft, que tem muito medo de gente

IPATINGA – Depois de uma semana de apresentações voltadas para escolas da região do Vale do Aço, o Festival da Criança volta à cena para apresentar, no dia 12 de outubro, às 17 horas, no teatro do Centro Cultural Usiminas, o espetáculo Pluft! O Fantasminha, com a Copas Produções, de Belo Horizonte e, no dia 14 de outubro, às 10h30, na Escola Municipal Bom Jesus do Bagre, localizada em Belo Oriente, entra em cena o espetáculo No Reino de Calamaço, com a Cia. Bruta de Ipatinga.
Pluft! O Fantasminha é um clássico do teatro infantil, escrito pela dramaturga mineira, de Belo Horizonte, Maria Clara Machado, em 1955. A peça ganhou a cena internacional, sendo traduzida para dez diferentes idiomas e representada em mais de trinta países. Ela foi encenada pela primeira vez, no Tablado, com direção da própria autora. O Tablado, referência nacional nas artes cênicas, se transformou, na década de 50 e por vários anos, num grande centro de formação de atores. Foi responsável pela modernização do teatro no Rio de Janeiro e no Brasil. Pelo Tablado passou inúmeros atores e atrizes que hoje são expoentes da cena teatral nacional como Marieta Severo, Malu Mader, Drica Morais, Miguel Falabela, Cláudia Abreu, Marcelo Novaes, Felipe Camargo e tantos outros.
Para Marilda Lyra, produtora do Festival da Criança, apresentar um espetáculo assinado por Maria Clara Machado, tem um sabor prá lá de especial, pois foi com dois textos assinados por ela, Maroquinhas Fru-Fru e A Bruxinha que era Boa que ela iniciou sua atuação na área cultural de Ipatinga, sempre como a vilã das histórias, quando integrava o Grupo Boca de Cena, nos anos de 1983 e 1985.
A montagem mineira, assinada pelo grupo Copas Produções, de Belo Horizonte, tem trilha original composta pelo músico, dramaturgo e ator Leo Mendonza. A trilha tem influências que remetem ao clima de inocência das músicas da Jovem Guarda e as sonoridades de grupos da soul music da década de 1960, como The Supremes, Temptations e Four Tops da lendária gravadora Motown Records. As letras descrevem temas do universo infantil como o confrontar dos medos, os encontros de amizade, a valorização das ligações familiares e as descobertas do processo de crescimento da criança.
O mesmo clima da década de 1960 colore também o figurino do espetáculo criado por Kalluh Araújo. A direção fica a cargo de Diego Benicá, produtor em Belo Horizonte e sócio proprietário da Copas Produções Artísticas. Depois de diversos trabalhos com grandes personalidades do teatro mineiro, o também jornalista e ator assina sua primeira direção e, juntamente com ela, a cenografia do espetáculo. Com elenco de oito atores cantores, uma produção exímia da Copas Produções Artísticas, coreografias de Cristiano Reis e direção vocal de Beto Sorolli o musical promete vem encanto o público por onde se apresenta. “Pluft, o fantasminha” é uma carta de poesia, bom humor e maliciosa inocência, impregnada de um tocante calor humano.
O espetáculo conta a história de uma família, que vive em um sótão: o fantasminha Pluft, que tem muito medo de gente, a Mãe, que faz deliciosos pasteis de vento e Tio Gerúndio, que passa todo o tempo dormindo dentro de um baú. A tranquilidade do lugar termina quando o pirata Perna-de-Pau aparece trazendo a linda menina Maribel, que fora raptada por ele. O vilão está em busca do tesouro do avô da garotinha, o capitão Bonança, que morreu no mar e – o que tudo indica – deixou sua herança escondida naquele sótão. O que não se esperava é que uma bela amizade iria se formar entre Pluft e Maribel dando um novo rumo à história. Os risos ficam por conta dos amigos da menina, o trio de marinheiros João, Julião e Sebastião, que vai a sua procura para salvá-la.

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