Policia

Ex-presidiário é assassinado dentro de casa em Fabriciano

Vanderley Vieira (no detalhe) foi morto com quatro tiros dentro de sua residência, onde foram encontradas guimbas de cigarro, drogas e marica   Foto: Nadieli Sathler

 

FABRICIANO – Vanderley Vieira, de 49 anos, foi encontrado morto em sua residência na manhã de ontem (21), com quatro tiros. O ex-presidiário é a 13° vítima de execução registrada neste ano em Fabriciano.
A Polícia Militar chegou até a rua Intendente Gravatá, 276, bairro Nazaré, após uma denúncia anônima, por volta do meio-dia. Sem se identificar, a pessoa informou que um homem estava caído ensanguentado em seu domicílio.
A hipótese levantada por militares que estiveram no local é que o homicídio ocorreu durante a madrugada, pois no momento em que a perícia da Polícia Civil chegou ao local o corpo da vítima já estava enrijecido.
Vanderley estava caído de bruços em um quarto da casa. No local, havia uma mesa com caixas de fósforos e guimbas de cigarro. Na cama, foi localizada ainda uma marica, espécie de cachimbo usado para fumar crack. Uma marca de tiro foi deixada na parede do cômodo.
Na casa, os policiais militares encontraram também 20 pedras de crack embaladas para o comércio, outra pedra maior da mesma substância e uma porção de maconha, além de balança de precisão.
As informações preliminares apontam que a residência de Vanderley era usada como ponto de uso de drogas. A PM acredita que um usuário de droga que tenha acesso à residência entrou lá com a intenção de adquirir entorpecentes. Porém, acabou encontrado o homem morto.
A vítima tinha passagem por estupro e já tinha cumprido pena na cadeia de Coronel Fabriciano pelo crime.

MORTES NA FAMÍLIA

Marlene Vieira, irmã da vítima, contou à reportagem que a família tentou tirar Vanderley do mundo das drogas. Esse é o segundo irmão que a dona-de-casa perdeu em menos de 10 meses.
O irmão da vítima, Walflagmar Vieira, de 30 anos, foi assassinado no dia 21 de agosto. Ele foi encontrado numa residência próximo à casa de Vanderley. Um menor de 16 anos foi apontado por populares como autor do homicídio naquele momento.
“Não sei como tudo aconteceu, só vim até aqui porque a Polícia Militar me pediu para vir reconhecer o corpo. Quando cheguei eles não me deixaram entrar enquanto o perito não chegou. Sei que ele usava drogas, mas se vendia não posso afirmar. Tenho outro irmão que também for morto por causa de droga”, lembrou. “Tenho uma vida muito diferentes deles. Tentamos ajudá-los. Até internação nós procuramos, mas eles não aceitaram e disseram que não tinha mais jeito. Aconselho a quem está nessa vida a procurar um lugar para reabilitação, ir também a igreja e pedir a Deus para ser libertado, basta querer”, afirmou.

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