Foto: A deputada Beatriz Cerqueira e a vereadora Cida Lima
Em contraponto à política do ódio estimulada pelo fascismo bolsonarista, deputada afirma que “o afeto é revolucionário” e ressalta defesa da democracia e das instituições para colocar fim à violência
IPATINGA – A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) fez nesta quinta-feira o lançamento de sua candidatura no Vale do Aço durante encontro em Timóteo e Ipatinga. Hoje ela cumpre agenda em Tarumirim e Caratinga. Em Ipatinga, a um público composto em sua maioria por mulheres, educadores e educadoras e representantes dos movimentos sociais e populares, ela falou sobre a importância das eleições de outubro para colocar fim à política do ódio estimulada pelo governo Bolsonaro e em defesa do Estado Democrático de Direito.
“Esta vai ser a eleição das nossas vidas. Não é apenas mais uma eleição. É a eleição das nossas vidas. Então, a gente tem que fazer tudo, dispender toda a nossa energia, todo o nosso tempo, a nossa paciência para que a gente resgate o Brasil da situação criminosa em que eles nos colocaram. As gerações que viveram a redemocratização têm o compromisso de não entregar este Brasil pior. Temos que entregá-lo melhor para as próximas gerações. Esta é, portanto, a eleição de nossas vidas, pela democracia”, disse, sem citar nomes, numa clara referência ao governo Bolsonaro.
CONSTRAGIMENTO
Beatriz Cerqueira falou ainda sobre a situação econômica do País, do retorno de milhares de pessoas a níveis que ficam abaixo da linha da pobreza e disse que quem tem alguma empatia fica constrangido de entrar num supermercado. “É um constrangimento para aquelas pessoas que tem dinheiro entrar no supermercado e comprar, porque quem não tem dinheiro não consegue mais entrar. Sentimos a dor de todos que perdemos na pandemia e fica sempre aquele sentimento de que a gente poderia ter feito mais alguma coisa”, citou.
VIOLÊNCIA
A deputada ressaltou ainda o problema da violência de gênero que aumentou no País com a necropolítica e o estímulo ao ódio feito pelo atual presidente. “Eu queria lembrar todas as vezes que nós mulheres vivemos infinitas violências, porque isso acontece todos os dias: do namorado que não aceita um não, do namorado que se acha no direito de tatuar o nome no nosso rosto, dos que acham que tem o direito de nos cercear, nos matar, daqueles que acham que o ódio às mulheres precisa estar nesta sociedade, aqueles que acham que a violência política de gênero, precisa ser feita todos os dias”, exemplificou.
“O AFETO É REVOLUCIONÁRIO”
Em caravana pelo Estado para lançar a candidatura, Beatriz disse que estava com saudades de casa, mas que era preciso seguir na luta e agradeceu a receptividade dos apoiadores no Vale do Aço. E fez um contraponto ao discurso de ódio: “O afeto é revolucionário, a gentileza, o abraço são revolucionários, porque a gente está vivendo um tempo de múltiplas violências, de você ver uma pessoa que escolheu o tema do aniversário e o tema do aniversário virou um assassinato, de famílias que ficam destruídas por isso e todos nós ficamos um pouco destruídos, de ver as violências políticas de gênero que a Dilma sofreu e sofre e de vez quando tem algum misógino que vem lembrar o quanto ela foi honesta. As violências passaram a fazer parte do nosso dia dia”, sublinhou, referindo-se ao assassinato do petista Marcelo Arruda pelo policial penal federal Jorge Guaranhos, no Paraná, durante a celebração de seu aniversário, dos ataques à ex-presidente Dilma Rousseff antes e depois do golpe e do cinismo das recentes declarações do golpista Michel Temer dizendo que Dilma é uma “mulher honesta”.
O lançamento da candidatura em Ipatinga contou ainda com a presença das vereadoras Cida Ribeiro (PT), de São Domingos do Prata, e Cida Lima (PT), de Ipatinga, representantes do Movimentos dos Atingidos pelas Barragens, Educafro, SindUTE, e assessores dos candidatos à Câmara dos Deputados Rogério Correia, Patrus Ananias e Leonardo Monteiro.
