Cidades

Em Ipatinga, governador se reúne com familiares de repórteres assassinados

IPATINGA – O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), visitou nesta quinta-feira a cidade para participar da solenidade de inauguração da ampliação do Hospital Márcio Cunha. Pouco antes de participar do evento, ele se encontrou com parentes do radialista Rodrigo Neto, executado a tiros no dia 8 de março, e de Walgney Carvalho, morto da mesma forma no último dia 14.

Participaram da conversa ainda alguns integrantes do Comitê Rodrigo Neto, criado para acompanhar a apuração dos casos. A reunião foi a portas fechadas e ocorreu de maneira discreta nas dependências do próprio HMC, para evitar tumultos e resguardar as famílias.

DE PERTO
Aos presentes, Anastasia disse que está ciente de todos os acontecimentos e que solucionar os homicídios dos jornalistas é um de seus objetivos. Ele ainda ofereceu às famílias proteção especial até mesmo fora de Minas Gerais, caso necessário. A participação da Polícia Federal nas investigações também foi cogitada durante o encontro. Mais tarde, o governador afirmou à imprensa que se for apurada a necessidade, ele próprio irá solicitar a ajuda da PF.

O governador falou que tem acompanhado pessoalmente o processo de investigação e cobrado das autoridades policiais a rápida apuração dos fatos. Na última segunda-feira (22), Anastasia, juntamente com o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, recebeu em seu gabinete, em Belo Horizonte, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e do Comitê Rodrigo Neto.

PRIORIDADE

Na ocasião, disse que a solução dos crimes é a principal prioridade do Sistema de Defesa Social do Estado. Ele também recebeu uma cópia do dossiê criado por jornalistas do Comitê, elencando crimes em que foi apurada a participação de policiais, militares ou civis. “[A morte desses profissionais] é uma situação muito grave que nós não podemos tolerar. Já tivemos algumas prisões, outras medidas estão sendo tomadas. Esse assunto é uma prioridade mais do que máxima”, afirmou no dia.

Ontem, Anastasia confirmou que leu todo o dossiê e que tinha conhecimento de alguns dos casos relatados. “A situação é intolerável. Já determinei à Policia Civil e Militar as medidas para erradicar a raiz onde for mais profundo para, de maneira clara, apurar e punir os responsáveis”, enfatizou, dizendo que também se reuniu com o Poder Judiciário mineiro. “Estamos todos solidários e irmanados com o objetivo exatamente de conseguirmos apurar e garantir que a impunidade não prevaleça neste caso”, finalizou.

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