segunda-feira, novembro 25, 2024
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Em Fabriciano, Bolsonaro entrega mais uma obra que não fez, afirma ex-prefeito

Ex-prefeito Chico Simões afirma que obra do “Minha Casa, Minha Vida” foi habilitado a receber investimentos durante seu governo; para ele, visita de presidente é “data para ser esquecida”

FABRICIANO – O ex-prefeito Chico Simões (PT) disse em postagem nas redes sociais que a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à cidade “é uma data para ser esquecida”. Ele criticou ainda a “apropriação indébita” da obra do residencial Buritis, cuja construção foi possibilitada pela habilitação do município no programa “Minha Casa, Minha Vida” – que o atual governo mudou para “Casa Verde e Amarela” –, ainda durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, quando ele era prefeito da cidade.

O PROJETO

“Este é um projeto realizado com recursos que estavam no fundo [de habitação], deixados pelo governo Dilma. A princípio aquele terreno não estava disponível para aquele projeto. O MCMV 1, para moradores de baixa renda, não tem participação de Prefeitura. É um empreendimento comercial onde o empreendedor, usando o recurso do Orçamento da União destinado ao Fundo do MCMV, compra o terreno, constrói as moradias e a CEF faz os pagamentos do terreno e das edificações diretamente para a empreiteira. O atual presidente não mais destinou recursos para o fundo e ainda acabou com o programa”, explicou Chico Simões.

“O município só teve condições de receber o empreendimento porque no meu governo habilitei Fabriciano para receber recursos do programa”, afirmou ao Diário Popular.

Nas redes sociais, Simões gravou vídeo criticando a tentativa do presidente de assumir a paternidade do projeto, assim como tem feito com outras obras e projetos iniciados e financiados por governos petistas, como a transposição do rio São Francisco, pontes, estradas e parques eólicos. “Este mesmo presidente, juntamente com o prefeito foram inauguar 500 casas do ‘Minha Casa, Minha Vida’, para pessoas de baixa renda. Este é um programa [de moradia] da presidenta Dilma Rousseff, que foram construídas com recursos deixados pelo PT. Este projeto, inclusive, não teve continuidade pelo atual presidente, tirando totalmente a oportunidade das pessoas mais pobres sonharem com suas moradias próprias”, reafirmou.

DATA PARA SER ESQUECIDA

Na mesma postagem, Chico Simões diz que “26 de maio de 2022, foi a data em que Coronel Fabriciano presenciou várias autoridades agindo de maneira ilegal e anti-ética, a começar pelo presidente do Brasil que veio aqui visitar nossa cidade. Transitou pela BR-381, numa motociata, escoltado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), sem capacete, dando um péssimo exemplo”, disse o ex-prefeito.

No mesmo dia, a PRF de Sergipe assassinou de maneira cruel, com requintes de tortura, o pai de família Genivaldo…. abordado por pilotar uma motocicleta sem capacete. Ele foi sufocado com gás lacrimogêneo após ser trancado na traseira de uma viatura da PRF sergipana.

ESCOLA COM PARTIDO

Chico Simões criticou ainda o que chamou da manipulação de crianças para demonstrar apoio ao presidente da República: “E por último, estes políticos, estas autoridades moralistas, que defendem a ‘escola sem partido’, neste dia [da visita presidencial], fecharam as escolas e colocaram as crianças – usadas como massa de manobra – para balançar bandeiras para o presidente, sem ter noção do que estavam fazendo. Se as crianças soubessem que muitos dos seus pais estão desempregados, não tendo como colocar comida na mesa por causa do governo do atual presidente, certamente, não estariam ali. Por isso, vou terminar dizendo: esta data tem que ser esquecida na história de Coronel Fabriciano!”, arrematou.

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