FOTO: A abertura de alguns segmentos do comércio é motivo de nova polemica em Fabriciano
FABRICIANO – Na sexta-feira (8) um pequeno grupo de empresários, coordenados por ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura fez uma manifestação contra o Promotor de Justiça na porta Ministério Público, no Centro da cidade, acusando-o de agir em prol dos vereadores do PT e da oposição.
O ato político, convocado pelo coordenador de Educação Física da administração municipal, Fábio Jose Ferreira (Fabinho Krakão), por meio de áudio compartilhado em grupos de Whatsapp, teve o objetivo de criticar a atuação do MP devido ao ajuizamento de uma Ação Civil Pública (ACP) em face do Município e do prefeito Dr. Marcos Vinicius Bizarro (PSDB).
A ação, com o intuito de preservar vidas, pede a invalidade parcial do Decreto Municipal nº 7.220/20, somente na parte que permite o funcionamento das clínicas de estética, o consumo de bebidas em bares e congêneres, o funcionamento de academias de ginástica e clubes, haja vista que contraria a Deliberação nº 17 e 39 do Comitê Extraordinário Estadual COVID-19, no que se refere à pandemia do Coronavírus. Os demais estabelecimentos comerciais e lojas não são objeto da ação, ou seja, não tem nenhum risco de serem fechadas.
FIM DO ISOLAMENTO
A deputada federal Alê Silva, bolsonarista raiz, como ela mesmo se auto-define, e que, como o presidente da República, defende o fim do isolamento social, participou do evento e usou o microfone para defender o fim da quarentena e a volta ao normal de todas as atividades, desconsiderando todas as recomendações das autoridades sanitárias e órgãos de saúde.
CHICO SIMÕES
Em vídeo postado na sua página no Facebook, após as notícias acerca do fato, o ex-prefeito Chico Simões assinalou: “O coronavírus já matou quase 10 mil brasileiros. Eu sou médico e estou vendo o Ministério Público acionando o prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, pelo seu decreto que flexibiliza o nosso comércio e acaba com o isolamento horizontal. E isso pode provocar mortes. A partir de agora o prefeito terá que dar satisfação ao Poder Judiciário sobre as consequências que poderão surgir em decorrência deste Decreto. E deixa claro que o enfrentamento desta epidemia não se trata de uma disputa político-partidária. O Ministério Público não é partido político. Ele é um fiscal da Lei”.