Prefeito diz que se considera “centro-progressista”, mas que jamais iria se aliar a extrema-direita
BH – O candidato Fuad Nomam (PL) venceu a disputa para a prefeitura da Belo Horizonte (MG), com 53,76% dos votos válidos. Ele disputou o segundo turno com Bruno Engler (PL) que, até o momento, teve 46,24% dos votos válidos.
Após ser reeleito em Belo Horizonte no último domingo (27), Fuad Noman (PSD) afirmou que seguirá o “voto do partido” para as eleições presidenciais de 2026. A declaração foi dada pelo prefeito da capital mineira em uma entrevista para a CNN Brasil nesta segunda-feira (28).
APOIO DE LULA
Ele afirmou que “sempre buscou apoiar pessoas que querem ajudar BH”, o que, segundo o prefeito eleito, refletiu no apoio ao presidente Lula (PT) no pleito de 2022.
“O presidente, então candidato, Lula nos procurou e nos prometeu ajudar a cidade de Belo Horizonte. Aliás, o que está fazendo com muito zelo agora, já que nos repassou mais de R$ 1 bilhão. Eu sou um homem de partido. Eu vou aguardar a decisão do PSD. Vou ter uma conversa nos próximos dias com o presidente [Gilberto] Kassab exatamente para nos posicionarmos sobre essa questão. Eu irei apoiar a decisão que o partido tomar”, afirmou.
SEM IDEOLOGIAS
Fuad afirmou também que não irá “entrar em ideologias” de esquerda ou direita, pois se considera “centro-progressista”, mas que jamais iria se aliar a extrema-direita.
Em 2026, o cargo de governador também estará disponível. O prefeito afirmou que o PSD deve ter, pelo menos, dois nomes aptos para a disputa estadual e ainda um candidato nacional, sem citar nomes.
Em 2022, mesmo com o apoio de Fuad, o presidente Lula perdeu as eleições na cidade de Belo Horizonte no segundo turno, obtendo 42,53% dos votos válidos contra 46,60% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
BIOGRAFIA
Fuad Noman tem 77 anos, é escritor, economista e foi servidor público de carreira do Banco Central. Ele assumiu a prefeitura de BH após a renúncia de Alexandre Kalil, que concorreu ao governo de Minas Gerais. Fez parte do governo Fernando Henrique Cardoso como secretário-executivo da Casa Civil e do governo de Minas Gerais como secretário de Fazenda e de Transporte. Na prefeitura de BH chegou a comandar a Secretaria Municipal de Fazenda.