Créditos: Rafael Ribeiro/CBF
RIO – A fraca atuação da Seleção Brasileira na derrota por 2 a 0 para o Chile, em Santiago, não impediu Dunga de encontrar pontos positivos no time que estreou nas Eliminatórias à Copa do Mundo de 2018. O técnico acredita que a equipe canarinho se comportou bem dentro de campo e só perdeu o duelo por ter tomado “algumas decisões erradas” nos momentos de definir as jogadas de ataque. Ele ainda atribuiu o revés aos “detalhes” do futebol.
“Perder ninguém gosta, mas a partida estava muito igual. A gente controlou bem o primeiro tempo, conseguimos alternar a bola de um lado para o outro. No segundo tempo não tomamos a decisão mais correta nos contra-ataques. Tomamos o gol em uma bola rápida no primeiro pau, que nós sabíamos que era uma característica deles, mas no final ainda tivemos duas ou três chances de gol. Foi um jogo bastante parelho até o gol”, avaliou o comandante.
SEM SURPRESA
Para Dunga, novos tropeços da Seleção da forma como se deu a derrota dessa quinta-feira não serão nenhuma surpresa. “Os jogos em casa [nas Eliminatórias] serão fundamentais. Como o futebol está muito equiparado, não existe mais surpresa. O jogo é feito por detalhes. Cada pequeno detalhe muda totalmente a partida. Você ganha ou perde nesses detalhes”, afirmou.
O técnico brasileiro também comentou sobre o desempenho que os atuais campeões da Copa América mostraram dentro de campo. Com um portunhol enrolado, Dunga respondeu às perguntas dos jornalistas chilenos sempre frisando que o Brasil poderia ter ganhado o jogo. “O Chile é um time que todos nós conhecemos. Possui grandes jogadores que atuam no futebol europeu e sabíamos que jogar aqui seria muito difícil, pois teria muita pressão. Se olharmos para o jogo, veremos que cada equipe teve suas oportunidades e que fomos até mais eficientes até tomar o primeiro gol”, disse.
Segundo o técnico, a manutenção do esquema tático chileno será o grande trunfo da Roja nessas Eliminatórias. “O Chile tem uma equipe que vem jogando há dez anos no mesmo sistema. Uma coisa interessante é o fato de o Chile ter levado muitos gols quando implementou esse sistema. Nem por isso o time trocou [de esquema], pois foi aprimorando. Esse foi um jogo típico de Eliminatórias”, concluiu.
