(*) Fernando Benedito Jr.
Me vem de chegar a notícia de que os nascidos de 1968 a 1983 já podem agendar o saque de valores esquecidos nos bancos. Primeiro, quem esquece dinheiro em banco?
Desde o primeiro momento em que vi esta notícia, não acreditei. Claro que era mais uma notícia fake oficial do governo federal – para não ter que citar o nome do “bacana”.
Segundo, qual banco deixa o cidadão ter algum dinheiro sobrando lá? Nem os parcos recursos dos correntistas na conta salário eles facilitam para sacar. O depósito o cidadão pode fazer de mil maneiras, mas sacar sempre é um pouco mais complicado. O que dizer então de ter dinheiro sobrando, “esquecido” em bancos. Existem milhões de artimanhas para tomar o dinheirinho do correntista. As taxas, as tarifas de serviços, os juros corrosivos são alguns dos exemplos de como os bancos consomem seu dinheiro rapidinho e não te deixam “esquecê-lo” na conta.
Não sem razão, a maioria das pessoas que tentaram encontrar algum recurso esquecido em contas bancárias, quando encontram alguma coisa são míseros centavos. Óbvio.
Melhor nem perder tempo na fila virtual. Ou aproveitar este tempo para jogar na loteria.
(*) Fernando Benedito Jr. é jornalista e editor do Diário Popular.
