Nacionais

Dilma promete medidas drásticas a partir de 2015

(Crédito: Roberto Stuckert Filho/PR.)

BRASÍLIA – A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem (22), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o governo terá que anunciar medidas “drásticas”, mas garantiu que “isso não significa mexer com os programas sociais”. “Teremos que ter controle maior sobre outros gastos e fazer algumas reformas”, disse.

À saída do evento, Dilma admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas ressaltou que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.
Ainda sobre os programas sociais, no café da manhã, a presidenta citou o exemplo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que cria estímulos para diversos setores com linhas de investimento diferenciadas. “É possível balancear, reduzindo a zero o subsídio, mantendo apenas os de áreas melhores”, explicou.

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidenta mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. “A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providências para melhorar nossa produtividade”, destacou.

Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidenta não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. “Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro”, afirmou.

CRISE
Ao analisar o cenário mundial, Dilma Rousseff afirmou que o processo de crise que atingiu todos as nações perdurou por mais tempo do que o estimado pelo mercado internacional e a recuperação da economia internacional “anda de lado”, mesmo para os Estados Unidos, “que têm uma economia muito dinâmica”.

A presidenta reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), negou que a Rússia esteja vivendo “à beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com