Foto: O artesanato é a fonte de trabalho de Ângela Maria Menegollo há 15 anos
Com o apoio do Sebrae Minas, artesãs aprimoram técnicas de produção e participam de ações para acessar mercados
BH – Nesta sexta-feira (19) é comemorado o Dia do Artesão. Em Minas Gerais, o artesanato é a principal fonte de renda de muitas pessoas, como Débora Letro de Paula, moradora de Timóteo e arquiteta por formação. A ideia de empreender como artesã nasceu quando a empreendedora, que lecionava em uma faculdade da região, ficou desempregada em 2017.
Mesmo com a formação em outra área, o artesanato sempre foi uma grande paixão da Débora. Com vários cursos na bagagem, transformou sua carreira a partir de um presente dado pela mãe e pelo irmão: uma máquina de costurar.
Foi aí que ela descobriu a oportunidade de atuar em um novo segmento. Há quatro anos, a empreendedora vive exclusivamente do artesanato em costura criativa, com o “Ateliê Dona Aranha”. Hoje, ela produz bolsas, carteiras e artigos com tecido e sublimação, de acordo com a necessidade de cada cliente.
“Quando ganhei a máquina de presente, decidi me aventurar. Fiz as minhas primeiras peças, a partir de vídeos com tutorias na internet. Depois, o gosto pela costura só cresceu”, contou a empreendedora, que hoje faz parte da nova turma do programa de empreendedorismo feminino do Sebrae Minas no Vale do Aço, o Sebrae Delas.
A expectativa de Débora com o programa é a de potencializar o crescimento do negócio. “Espero evoluir no processo de organização da empresa e também melhorar os meus conhecimentos em finanças, marketing e vendas, para atender melhor os meus clientes.
ARTE NA CABEÇA
O artesanato também é a fonte de trabalho de Ângela Maria Menegollo há 15 anos. A artesã, moradora da cidade de Governador Valadares, percebeu a possibilidade de transformar a atividade em negócio e complementar a renda familiar.
No início, ela trabalhava com a produção de bolos e artigos decorativos de açúcar. O gosto pelos enfeites a motivou a seguir para o biscuit e a pintura em MDF, até o dia em que Ângela conheceu o artesanato feito na cabaça. Atualmente, a artesã produz em seu ateliê peças que são construídas a partir do fruto.
“Conheci o artesanato em cabaça há 10 anos, em Belo Horizonte, e me apaixonei. A primeira peça que produzi foi a representação de Nossa Senhora Aparecida. A imagem foi construída para uma ação realizada pelo Sebrae e uma associação de artesãos da cidade, e que nos auxiliou no aperfeiçoamento do nosso trabalho”, explica.
As peças da empreendedora compõem a nova edição on-line do Catálogo de Artesanato Minas Gerais, uma iniciativa do Sebrae Minas que reúne o trabalho de 150 artesãos de 70 municípios mineiros, com o objetivo de apresentar o artesanato produzido em Minas Gerais.
“Ter o nosso ofício divulgado pelo Sebrae é uma referência muito importante para nós, artesãos. Além de agregar valor ao nosso produto, a gente vê que a instituição reconhece a atividade como um negócio”, destaca Ângela.
APOIO AOS ARTESÃOS
O Catálogo de Artesanato Minas Gerais faz parte das ações do Sebrae Minas para fortalecer e desenvolver o setor no estado. Entre as inciativas estão capacitações em gestão e design e ações que estimulam o acesso a mercados. O Sebrae Minas também trabalha para que os artesãos tenham um olhar diferenciado para as tendências de mercado, mas respeitando a sua forma de produção.
SERVIÇO
Catálogo de Artesanato Minas Gerais – 7ª edição
Disponível para download gratuito
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/MG/Imagens/catalogo-artesanato.pdf