Cidades

Descaso: OMS relaciona 18 das 21 doenças negligenciadas no País

Doenças tropicais negligenciadas serão discutidas em congresso em Belo Horizonte

BH – Em todo o mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas em 149 países são afetadas pelas chamadas doenças tropicais negligenciadas, um grupo de doenças assim classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por afetarem sobretudo populações vulneráveis, com escassos recursos financeiros, acesso limitado aos serviços de saúde, vivendo em áreas remotas e que custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento todos os anos. Essas doenças cegam, mutilam, desfiguram e debilitam centenas de milhões de pessoas em favelas urbanas e nas partes mais pobres do mundo.

LISTA

Da lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 21 doenças negligenciadas, que são causadas por agentes infecciosos ou parasitas, 18 estão presentes no Brasil. No país, as mais comuns são a dengue, a doença de Chagas, a hanseníase, a leishmaniose e a sarna, além da zika e da chikungunya. Só para se ter uma ideia, até junho deste ano, o Ministério da Saúde confirmou mais de 600 mil casos de dengue no Brasil. O número de casos prováveis da doença, ou seja, ainda não confirmados, era ainda maior: 1,127 milhão. Até o mês passado foram registradas 366 mortes relacionadas a dengue. 

EVENTO

Dada a importância de se debater a respeito dessas doenças, será realizado, de 28 a 31 de maio na UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais o MEDTROP-PARASITO 2019, que tem o tema “Convergência e inclusão: em busca de soluções sustentáveis para o diagnóstico, tratamento e controle das doenças tropicais”. Serão 4 dias para abordar e discutir temas como as leishmanioses, a hanseníase, dengue, zika, febre chikungunya, febre amarela, a doença de chagas, as helmintoses (ascaridíase, teníase e esquistossomose), sífilis e HIV. “As doenças tropicais negligenciadas são doenças que praticamente não têm investimento nem dos governos nem das empresas, mas são doenças muito presentes aqui no Brasil. As duas sociedades, de Medicina Tropical e de Parasitologia, estão comprometidas com o estudo, com a pesquisa científica para desenvolver vacinas, novos tratamentos, novos testes de diagnóstico e, se possível, traçar um futuro melhor para o nosso país sem essas doenças”, como ressalta o professor associado no Departamento de Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais, bolsista do CNPq com ênfase no desenvolvimento de ferramentas (diagnóstico, vacinas e fármacos) para o controle de doenças parasitárias negligenciadas e um dos presidentes do MEDTROP-PARASITO 2019, Ricardo Fujiwara.

SERVIÇO

Congresso MEDTROP-PARASITO 2019

De 28 a 31 de julho, na UFMG, em Belo Horizonte, Minas Gerais

Mais informações: www.medtrop-parasito2019.com.br

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