Policia

Defesa de Rainuênio pede anulação de julgamento

(Crédito: Arquivo DP)

 

IPATINGA – Os advogados de defesa de Rainuênio Campidelis Correia entraram nesta terça-feira (10) com um recurso pedindo a anulação do julgamento ocorrido no dia 11 de novembro passado, no qual o homem foi condenado a 37 anos e nove meses de prisão pelo estupro e assassinato de enteado de apenas dois anos.

Rainuênio vem sendo defendido pelos advogados Eliseu Borges Brasil, Gerci Moreira Mendes Junior e Jarbas Nunes da Fonseca. De acordo com eles, o pedido de anulação do júri é baseado pura e simplesmente no fato de que a defesa não concorda com a pena concedida pelo juiz Thiago Gandra, que presidiu a sessão. “O Rainuênio nega veementemente participação no crime”, afirmou Eliseu Brasil.

Rainuênio Campidelis, 25, foi considerado culpado pela morte de Kaio Lucas Garcia Negris. No dia 25 de novembro do ano passado, o garoto foi encontrado sem vida em sua casa, no bairro Planalto, em Ipatinga. Na época, a mãe da criança, Mirian Fortunato Garcia Negris, contou à polícia que saiu de casa pela manhã e deixou o filho sob a responsabilidade de Rainuênio, o padrasto. Segundo ela, a criança estava bem e não apresentava nenhum tipo de hematoma, mas quando retornou encontrou o filho morto.

XAROPE
Preso cerca de um mês depois do crime, o padrasto sempre negou que tivesse qualquer relação com o fato. As investigações revelaram que o garoto também foi vítima de abuso sexual antes de ser morto.
Durante o júri que o condenou, Rainuênio novamente se isentou de culpa e alegou que no dia dos fatos deu um xarope para a criança, que dormiu. Após isso, também teria pegado em sono profundo e quando acordou o garoto já estaria sem vida.

Contudo, o argumento não foi aceito pelo Conselho de Sentença, assim como a tese da defesa, que tentou convencer os jurados de que o réu passava pouco tempo com o enteado. Rainuênio foi condenado a 22 anos pelo crime de homicídio qualificado e a 15 anos e nove meses pelo crime de estupro.

O pedido de anulação do júri será analisado, em primeira instância, pela Justiça de Ipatinga, em prazo ainda não determinado. Caso o recurso seja negado, os advogados poderão recorrer a instâncias superiores. Ao réu não foi concedido o direito de recorrer em liberdade, por isso ele aguarda a resposta na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, onde está preso.

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