Aluno de apenas 9 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sofreu uma crise durante o período escolar e foi detido pela PM
TIMÓTEO – Um episódio grave e inadmissível ocorreu na última quinta-feira (11), por volta das 15h, na Escola Municipal Professora Maria Aparecida Martins Prado, localizada no bairro Alphaville, em Timóteo.
Um aluno de apenas 9 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sofreu uma crise durante o período escolar. Em vez de acionar os pais da criança e recorrer a profissionais especializados, como orienta a legislação, a direção da escola chamou a Polícia Militar, que deteve o estudante, ferindo diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
DESPREPARO
Segundo relatos, quando os pais chegaram à escola, o filho já se encontrava dentro da viatura policial. Em seguida, a criança foi conduzida ao Conselho Tutelar, onde permaneceu por mais de duas horas, ao lado da família, sendo liberada apenas após as 18h30. Antes, foi registrado um boletim de ocorrência.
Para o advogado e vereador Dr. Lair Bueno, a situação escancara o despreparo tanto da escola quanto da Polícia Militar.
“Autismo não é uma doença, é uma condição comportamental. Ao tomar essa atitude, a professora e a direção da escola erraram, demonstrando total despreparo para lidar com uma criança autista. A Polícia Militar também falhou, já que o protocolo adequado de acolhimento e atenção não foi seguido. Esse procedimento foi equivocado, desumano e não pode se repetir”, destacou o parlamentar.
APOIO
Mesmo em viagem, Dr. Lair Bueno acionou a Secretaria Municipal de Educação para acompanhar o caso e, em seguida, retornou ao município, prestando apoio jurídico e moral à família.
O parlamentar reforça que é dever legal das escolas garantir educadores e assistentes preparados para lidar com estudantes com deficiência e necessidades específicas, evitando constrangimentos, violações de direitos e situações traumáticas como a ocorrida.
