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Contabilistas reagem a projeto da PMI que muda cobrança do ISSQN

IPATINGA – A situação dos contabilistas de Ipatinga foi pauta de uma reunião na Câmara de Ipatinga. A vereadora Cassinha Carvalho (PSB) esteve presente ao encontro que reuniu um grande número de profissionais da contabilidade de Ipatinga. O objetivo foi discutir um item do Projeto de Lei (nº 98/2017) de autoria do poder executivo que modifica as cobranças do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (INSSQN).
Pela proposta, a administração pública pretende atribuir responsabilidade solidária ao profissional contábil em caso de descumprimento de obrigação acessória. Na prática, o que acontece é que se o contribuinte, por exemplo, fizer uma simples alteração de endereço e não comunicar à Prefeitura, tanto ele, quanto o contador será responsabilizado.

AGRESSIVO
Ismara Carla Barbosa, presidente do Sindicato dos Profissionais de Contabilidade do Vale do Aço, explica que a classe não pode ser responsabilizada sobre algo que é de competência do empresário. “Nós somos contratados, não podemos responder diretamente. Dependemos das informações fornecidas pelo empresário para que assim possamos produzir os documentos. O texto enviado pelo executivo ficou muito agressivo nos colocando como responsáveis solidários, o que é inconstitucional”, disse.
A contabilista explica que a partir do momento em que o contribuinte for notificado via multa ou de qualquer outra forma, o profissional também acaba pagando a penalidade junto com o empresário. “Tem vários clientes que somem, abandonam o escritório de contabilidade, e nós não temos o que fazer e seríamos penalizados por essa falta deles”, explicou.

EMENDA

Durante a reunião, os contabilistas pediram uma emenda supressiva, ou seja, que se retire do projeto de lei a parte que também responsabiliza os contabilistas. A modificação foi assinada pela vereadora Cassinha Carvalho junto com outros cinco vereadores. A emenda será votada na reunião ordinária, que acontece na próximas quarta (27) e quinta-feira (28).
Para a vereadora Cassinha, responsabilizar o contador é uma ilegalidade por ferir os preceitos legais, constitucionais e o Código Tributário Nacional. “Valorizo muito a mobilização dos profissionais da classe que manifestaram pela supressão da proposta de forma organizada e eficiente”, pontuou a parlamentar.

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