Cidades

Comunidade fecha cerco a ladrões de grama na estrada do Ipaneminha

IPATINGA – “Não podemos deixar passar impune o que está acontecendo na estrada do Ipaneminha. A obra de pavimentação na via é reivindicada há anos e só agora, com a atual Administração Municipal, conseguimos que ela saísse do papel. Mas antes mesmo de o serviço ser concluído, tem gente roubando a grama da hipovia. Mais do que vandalismo, isso é um verdadeiro crime.”

O desabafo indignado é da educadora física do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Florisbela Pires Sampaio Raydan, moradora do bairro localizado na zona rural de Ipatinga há mais de sete anos. Ela participou de uma manifestação popular realizada nesta quarta-feira (27), num trecho da estrada, ao lado de moradores do Ipaneminha, representantes de entidades ambientais, alunos e professores da Escola Municipal Professor Mário Casassanta, para protestar contra os repetidos furtos do gramado plantado na via que ladeia a estrada recentemente asfaltada pela Prefeitura de Ipatinga.

A obra é realizada com recursos próprios do município, para atender a uma indicação da população da Regional 9 aprovada no Congresso Municipal de Prioridade Orçamentária (Compor). Nesta quarta-feira, os manifestantes paralisaram o trânsito na estrada e “arregaçaram” as mangas em defesa do patrimônio público do Ipaneminha. Os trechos da via que tiveram grama furtada receberam placas com frases de protesto, conscientização e divulgação do endereço do movimento nas redes sociais. Em outros pontos foram feitos plantio de mudas de espécies nativas.

DENÚNCIAS

De acordo com os manifestantes, cerca de 100 metros quadrados de grama já foram retirados da margem da estrada. Em alguns pontos, a Prefeitura refez o plantio, e novamente a grama foi furtada. “Temos duas placas de veículos anotadas e informações de que são proprietários de sítios, que moram na cidade e passam os finais de semana aqui no bairro”, aponta Florisbela Raydan.

No comércio, cada metro quadrado de grama custa em média R$ 12. Mas os manifestantes afirmam que o prejuízo social e ambiental é muito maior do que o monetário. “Pedimos que fotografem, filmem e denunciem quem está depredando e lesando o patrimônio que é de todos. Essa prática absurda não pode continuar”, emenda Sandra Paranhos, diretora da E.M. Mário Casassanta.

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