Último levantamento feito aponta aumento do índice de larvas encontradas em residências localizadas no município de Ipatinga
IPATINGA – Diante do aumento da infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, a Comissão de Saúde Pública da Câmara de Ipatinga reforçou a importância de ações conjuntas voltadas para o controle e prevenção do mosquito transmissor das arboviroses.
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020, divulgado pela Prefeitura de Ipatinga, constatou que 5,3% dos recipientes analisados em residências continham a presença da larva do Aedes aegypti, um aumento em relação à última sondagem, realizada em outubro do ano passado.
Um dos motivos para o crescimento dos focos do mosquito Aedes aegypti é a associação entre o período chuvoso e o clima quente, propício à eclosão dos ovos que formam as larvas. De acordo com o Ministério da Saúde, o percentual é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. Ipatinga se encontra atualmente em situação de risco para uma epidemia, quando o número é igual o superior a 4%.
O presidente da Comissão de Saúde Pública, vereador Fábio Pereira (Fabinho), chamou atenção para a necessidade de ações de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti envolvendo toda a sociedade, considerando que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro dos domicílios.
No mês de dezembro, Fabinho coordenou uma audiência na Câmara Municipal sobre o tema. No encontro, o vereador ressaltou o trabalho realizado pelos agentes de saúde. “Realizam grande trabalho e precisam de todos nessa luta em defesa da saúde”.
ÍNDICES PREOCUPANTES
Conforme a Administração Municipal, entre os bairros que registraram números mais preocupantes estão Bom Jardim, Ferroviários, Horto e região industrial – 10,6%; Esperança e Ideal – 7%; Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre – 6,2%, e Caravelas e Jardim Panorama – 5,3%. Diante dos números apresentados, o governo municipal anunciou a criação de uma força-tarefa envolvendo todas as secretarias no trabalho de orientação e combate ao mosquito.
De acordo com a Secretaria de Saúde, entre maio e junho de 2018, eram 715 casos de chikugunya para cada 100 mil habitantes, e hoje são apenas seis casos para o mesmo grupo. Os casos de dengue, chikugunya e zika permanecem controlados, segundo a Prefeitura.