quarta-feira, novembro 27, 2024
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Comerciários de Ipatinga têm reajuste salarial de 3,89%

IPATINGA – A contar de primeiro de outubro o piso salarial do comércio passa a ser R$ 1.240. Já os empregados que recebem acima do piso salarial, devem ter reajuste de 3,89%. Essas são algumas das mudanças conquistadas pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (SECI) em favor da categoria. O Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2019/2021 foi assinado na manhã desta sexta-feira, 23/10, pelo Coordenador Geral do SECI, Aurélio Moreira, e o Presidente do Sindcomércio-VA, José Maria Facundes, representando a classe patronal. Apesar de ter sido assinada nesse dia, todos os direitos previstos no Termo Aditivo são retroativos à primeiro de outubro, que é a data-base dos comerciários de Ipatinga. O Adendo na íntegra está disponível no link Acordos do site www.seci.com.br .

Outras mudanças – Além do aumento salarial, todas as cláusulas econômicas da CCT foram reajustadas com o mesmo percentual de 3,89%. Confira os novos valores:

Benefício                                                               Valor

Quebra de caixa                                                    R$ 96,00

Prêmio do comissionista                                       R$ 109,00

Abono (R$22,90 por mês trabalhado)                  R$ 274,80

Bonificação de casamento                                    R$ 255,00

Programa assistencial de óbito                              R$ 17.660,00

Lanche diário                                                        R$ 5,80

NEGOCIAÇÃO

A Convenção que regulamenta os direitos dos comerciários tem vigência de dois anos. Mas, é pactuado entre os sindicatos que anualmente, próximo à data-base, os representantes dos empregados e dos patrões se reúnem para negociar um Adendo de reajuste dos itens econômicos. Este ano, a negociação iniciou em 31 de julho quando o SECI entregou ao Sindcomércio-VA um ofício reivindicando 7% de reajuste. Depois disso, as entidades se reuniram várias vezes. Devido à falta de consenso prorrogaram a data-base duas vezes até chegarem a esse percentual de 3,89%.

LONGE DO IDEAL

Esse aumento é equivalente à inflação dos últimos doze meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo IBGE. Para o representante dos trabalhadores, Aurélio Moreira, apesar de repor o poder de compra, esse reajuste ainda está longe do ideal que o SECI busca para os comerciários. Ele destaca que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que em setembro deste ano o salário mínimo necessário deveria ser R$ 4.892,75. “Esse valor é mais de três pisos salariais do comércio. É claro que a situação estaria pior se nós, comerciários, não tivéssemos um sindicato, porque os nossos reajustes seriam conforme o aumento do salário mínimo. Segundo o projeto de orçamento 2021 do governo federal, o salário mínimo deve subir para R$1.067, ou seja, um reajuste de 2,09%. Então, ainda há muito o que conquistar. O SECI não está satisfeito e, por isso, continua a luta por salário digno e trabalho decente”.

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