domingo, novembro 24, 2024
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Centrais sindicais vêem golpismo de Bolsonaro como “ovo da serpente”

Foto: As centrais associam as iniciativas golpistas do presidente brasileiro à ascensão do nazismo

SÃO PAULO – Em nota conjunta emitida hoje (20) as centrais sindicais brasileiras fizeram severas críticas à iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de reunir embaixadores para vilipendiar o sistema eleitoral brasileiro e atacar o processo democrático.

“O espetáculo patético e perigoso patrocinado por Jair Bolsonaro, ao reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para atacar, com mentiras e fantasias, o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, as urnas eletrônicas e todo o sistema eleitoral e a democracia brasileira, angariou amplo repúdio de vastos setores do povo, das mais importantes organizações da sociedade civil do país e até da comunidade internacional”, diz a nota.

E prossegue: “Frente à crescente rejeição ao seu governo, que se notabilizou pela disseminação da fome, da carestia, do desemprego elevado, pela volta da inflação e dos juros elevados, pela corrupção e pelo descalabro administrativo, a possibilidade de reeleição de Bolsonaro parece cada vez mais longe”.

OVO DA SERPENTE

“Assim como o Ovo da Serpente é metáfora da ascensão do nazismo, a reação de Bolsonaro, neste contexto, confirma seu perfil autoritário, violento e inconsequente. Agora ele investe em tumultuar o processo eleitoral espelhando-se em seu ídolo, Donald Trump, que patrocinou a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, por não aceitar a derrota nas eleições de 2020”, associa a nota das centrais sindicais.

Segundo o comunicado, “os trabalhadores e trabalhadoras, representados pelas centrais sindicais que assinam a presente nota, compartilham a indignação e o repúdio às atitudes desmedidas, provocativas, golpistas e antidemocráticas do presidente Bolsonaro”.

As centrais conclamam a sociedade civil organizada, os movimentos sociais, a juventude, o empresariado e todas as forças políticas a cerrar fileira numa ampla campanha em defesa da democracia que garanta a realização de eleições livres e em clima de tranquilidade nos dias 2 e 30 de outubro próximo.

O documento conjunto é assinado por Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, Presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e

Alvaro Egea, Secretário Geral da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

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