Policia

Caso Anelise tem nova audiência em outubro

IPATINGA – Está marcada para o próximo dia 20 de outubro uma nova audiência de instrução para ouvir testemunhas no caso da missionária Anelise Teixeira Monteiro Carlos. No mês de agosto deste ano foram realizadas quatro audiências sobre o caso, na Vara de Execuções Criminais, presididas pelo juiz Paulo César Mourão Almeida.

Anelise, 38 anos, foi assassinada em janeiro de 2007. Quem responde pelo homicídio é o cabo da Polícia Militar Joel Fernandes dos Reis, que à época do crime estava lotado no 14° Batalhão de Polícia Militar. A principal testemunha no caso, Daniel Silva Araújo, 48 anos, foi executada em abril de 2010.

A audiência será realizada por meio de carta precatória, já que o processo tramita na comarca de Caratinga. O juiz daquela cidade solicitou que o poder judiciário ipatinguense ouvisse as testemunhas no caso, já que elas residem na região do Vale do Aço. O cabo Joel responde por homicídio simples, cuja pena varia entre seis a 20 anos de reclusão.

Crime
O corpo de Anelise foi encontrado às margens da Lagoa Silvana por pescadores e na prática nenhum suspeito ainda foi punido, apesar das investigações e da denúncia do Ministério Público. A missionária foi morta por estrangulamento. No corpo havia também sinais de facadas e cortes em seu pescoço e abdômen. Segundo a perícia, foi uma tentativa de fazer com que o corpo não boiasse.

Anelise pertencia à Igreja Evangélica Fogo Para as Nações e viajava em missões pela congregação. Na ocasião de sua morte, ela saiu da cidade de Teixeira em direção a Ipatinga, onde morava, e pegaria um voo para São Paulo. No entanto, não deu mais notícias.

Três anos antes de ser morta, a missionária e seu marido haviam sofrido um atentado a tiros. O marido de Anelise foi alvejado por quatro disparos, mas conseguiu se salvar. Durante as apurações da Polícia Civil, foi traçada uma linha de investigação envolvendo os dois crimes.

Investigações

Em junho de 2007, a investigação da morte da missionária teve avanços. A delegada Adeliana Xavier Santos, responsável pelo inquérito, relatou que havia dois suspeitos, entre eles um cabo da Polícia Militar. Em 2009, o Ministério acatou o inquérito da Polícia Civil e denunciou o militar à Justiça.

As investigações feitas pela PC chegaram até o cabo da PM por meio de um motorista de táxi, que se tornou a principal testemunha do caso, mas em 9 de abril de 2010 ele foi assassinado com oito tiros na zona rural de Ipatinga. A “queima de arquivo” até hoje não foi solucionada. A última matéria feita por Rodrigo Neto sobre este caso foi publicada em março de 2011. O processo, iniciado na comarca de Ipatinga, foi transferido em 2011 para Caratinga.

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