A coluna de concreto caiu sobre uma das vítimas, que acabou arremessada para fora do carro (Crédito: Gizelle Ferreira)
IPATINGA – Ainda ontem pela manhã, marcas de um acidente ocorrido na noite de domingo (15) deixavam assustados os moradores da rua Tarianas, no bairro Caçula. Um carro desgovernado que descia pela via deixou quatro pessoas de uma mesma família com ferimentos graves.
Segundo alguns moradores, por volta das 19h, um Celta, placa HKW-4462, de Caratinga, descia a rua e, em uma curva já próxima à avenida Minas Gerais, o condutor perdeu o controle do carro e se chocou contra o muro de uma casa. O carro atingiu uma coluna de concreto e ficou com a frente totalmente destruída.
Segundo os militares do Corpo de Bombeiros, dos quatro ocupantes do veículo, apenas o motorista, Ivanildo Alves das Chagas, de 41 anos, estava usando cinto de segurança. Ele ficou preso às ferragens e teve ferimentos profundos nas pernas.
No banco do carona, viajava Marli Oliveira Silva Correa de Faria, de 43 anos, que teve traumatismo crânio, hemorragia no pescoço e fraturas na perna esquerda e no braço direito. A mulher também teve que ser retirada das ferragens. Outras duas pessoas que ocupavam o carro no banco de trás também ficaram gravemente feridas. Naiara Correa Oliveira, 22 anos, foi arremessada para fora do carro. Wesley Correa Oliveira, de 17 anos, foi projetado por cima dos dois ocupantes que estavam na frente, atravessou o pára-brisas e se chocou contra o muro. Quando ainda estava no chão, uma coluna de concreto caiu sobre o pescoço dele.
As vítimas foram resgatadas por militares do Corpo de Bombeiros e pelos profissionais do Samu.
SUSTO
Ainda ontem, os moradores da casa onde o carro parou ainda sentiam os reflexos do acidente. O muro, que ainda não tinha desabado por inteiro, caiu de manhã cedo, provocando novo susto nos moradores da residência. Izabela Silva, 22 anos, está grávida de seis meses. Assustada, a mulher disse que nunca viu algo parecido. “Quando eu vi que era um acidente, até aliviei, porque o barulho foi tão forte da batida de ontem (domingo), que achei que era um pedaço do céu que desmoronava”, relata.
A testemunha considera que somente uma imprudência pode ter sido a causa da batida. “Pelo jeito, o motorista estava fazendo gracinha, ou tinha bebido e não deu conta de parar. Só pode ter sido isso que ocorreu”, opina a moradora.
Outras testemunhas reforçam a versão. Abalada com o ocorrido, Gisele Garcia, 30 anos, disse que por pouco ela e seu marido não foram atingidos pelo carro. Segundo relata, o motorista do Celta estava com a marcha reduzida e em alta velocidade ia em direção ao marido dela. “Meu esposo teve que dar um pulo para dentro da calçada para não ser pego, e os ocupantes do carro ainda saíram dando risadas da gente”, disse a mulher, acrescentando que o comportamento do motorista e dos passageiros era de quem havia ingerido bebida alcoólica.
