Cultura

Capela do Ipaneminha é reaberta com festa

Os congadeiros reverenciaram a igreja, cantando e dançando as músicas típicas do Congado; almoço comunitário foi servido aos visitantes      (Foto: Fernando Benedito)

IPATINGA – Uma grande festa marcou o último domingo (27), quando cerca de mil pessoas assistiram de perto à reabertura das portas da Capela São Vicente de Paulo, também conhecida como Igreja do Ipaneminha.
O templo foi devolvido à comunidade em grande estilo, com missa de ação de graças, seguida de apresentações de capoeira, música, Congado, Dança de Fitas e almoço comunitário.

Durante a celebração, o padre José Enésio Pinheiro agradeceu aos moradores do Ipaneminha, reforçando que o sonho de ver a capela reformada só se concretizou por causa do envolvimento da comunidade. “Foram necessárias muitas mãos para tornar esse momento possível. Com o apoio da comunidade, hoje temos a honra de reabrir as portas dessa Igreja, que representa a identidade do Ipaneminha”, frisou o padre, que executou as reformas.

Os congadeiros reverenciaram a igreja, cantando e dançando as músicas típicas do Congado. Com seus adereços coloridos e instrumentos musicais em mãos, saudaram a reabertura da capela, tornando a festa ainda mais original. Conforme revela o presidente do Congado Nossa Senhora do Rosário do Ipaneminha, Aristeu Rosalino de Almeida, a igreja faz parte da história do povoado, tendo um significado especial para a comunidade local. “É a nossa história, a nossa raiz que está plantada aí dentro. Sem essa capela, é como se a comunidade perdesse o coração”, afirmou o presidente.

A prefeita Cecília Ferramenta (PT) prestigiou o evento e, após a missa, participou da solenidade oficial de reabertura do templo, momento em que elogiou a iniciativa do pároco e da comunidade, reforçando o compromisso da atual administração em zelar por todos os espaços tombados pelo patrimônio histórico cultural do município.
O promotor de Justiça, Walter Freitas Morais Júnior, o professor de arquitetura do Unileste, Rogério Braga, e o representante da comunidade, José Zacarias, também participaram da abertura oficial e parabenizaram a comunidade.

A REFORMA
A capela foi interditada pelo governo passado, após a queda do beiral frontal. No ano passado, diante da negativa da então administração Robson Gomes (PPS) em assumir a recuperação da capela, alegando falta de recursos, a comunidade iniciou uma campanha pela reforma da igreja. O Ministério Público acompanhou o caso.

Mantendo a originalidade da capela, a restauração contemplou a parte estrutural, recuperando beirais, telhado, assoalho, altar-mor, bancos e mezanino. O concreto substituiu parte das vigas de sustentação, sendo recoberto por madeira, para manter o estilo da arquitetura. O azul e branco coloriram paredes e bancos.
A capela, tombada como patrimônio municipal com base no decreto 3.580, de 3 de setembro de 1996, é de propriedade da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano e hoje faz parte do roteiro artístico do Circuito Mata Atlântica.

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