PV e PCdoB anunciam dissidência na federação Fé Brasil e minam candidatura petista
IPATINGA – O Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que integram a federação nacional Fé Brasil abriram uma dissidência em Ipatinga e não irão apoiar a pré-candidata do PT, Lene Teixeira, nas eleições deste ano. A informação é de nota conjunta assinada pelos presidentes do PV, Edson Ferramenta e do PCdoB, Tiago Marcel Oliveira. A decisão é irrevogável e os dirigentes partidários já manifestaram a intenção de liberar as bases para apoiar uma candidatura de centro, eleitoralmente viável.
“O PV e o PCdoB questionavam a viabilidade do nome da petista na disputa à Prefeitura de Ipatinga e defendiam a ampliação e unificação das forças políticas dentro dos partidos do centro esquerda na disputa com uma candidatura majoritária que tenha mais condições e viabilidade de concorrer e derrotar o projeto que administra a cidade atualmente”, diz a nota.
CENÁRIO
Segundo Edson Ferramenta, “as direções municipais do PCdoB e PV defendiam antes da decisão da federação nacional Fé Brasil pela candidatura própria, que fosse observado o cenário da disputa com os nomes dos pré-candidatos, a partir de pesquisa entre os eleitores e posteriormente os partidos de centro esquerda na disputa (PT, PV, REDE SUSTENTABILIDADE, PSB) avaliaram, conforme a pesquisa e a manifestação prévia entre os eleitores, a construção da chapa majoritária para concorrer à Prefeitura”.
SALVO-CONDUTO
A nota do PV e PCdoB diz ainda que “caso a cúpula da federação mantenha o nome indicado pelo PT, como definitiva, as legendas admitem em conversas internas conceder uma espécie de ‘salvo-conduto’ para filiados que desejam apoiar outros candidatos e apenas manter as formalidades legais na federação”.
RACHA
O PV e PC do B manifestaram abertamente o racha na federação Fé Brasil, ao afirmarem que discordam da pré-candidatura do PT. A situação tornou-se mais insustentável depois que a federação decidiu pela retirada da pré-candidatura de Edinho Ferramenta. “O PCdoB e PV, presididos por Tiago Marcel Oliveira e Edinho Ferramenta, afirmam não haver consenso em torno da candidatura petista, avaliam e insistem ser necessário ampliar a aliança com outras siglas de centro-esquerda para derrotar o projeto da extrema direita. O radicalismo do velho PT de Ipatinga em uma disputa tão concorrida como essa, onde a cada eleição o partido está em queda eleitoral, somado a incapacidade de ampliar alianças com os demais partidos do centro, deve ter uma estratégia muito aplicada na disputa, o que desconhecemos, para vencer sozinha a eleição”, concluem os dirigentes.