(DA REDAÇÃO) – O presidente Jair Bolsonaro voltou da Cúpula das Américas sem conseguir resolver o principal problema da pauta brasileira: a redução das barreiras alfandegárias ao aço brasileiro. Os EUA não encerraram as discussões em torno do assunto e podem voltar a discutir o tema, mas não fizeram nenhuma sinalização quanto à suspensão ou redução das barreiras tarifárias criadas por Donald Trump em 2018.
Um dos argumentos para a retirada das barreiras de importação ao aço brasileiro para os EUA é que as medidas atuais acabam beneficiando a Rússia.
SEÇÃO 232
Como medida protecionista, os EUA criaram uma sobretaxa de 25% ao aço importado, em uma medida chamada de Seção 232. O Brasil, assim como alguns outros países, obteve uma cota de exportação de aço livre desta cobrança, e o pleito agora é que esse limite seja ampliado, extinto ou que o país pague uma alíquota menor, segundo diplomatas brasileiros envolvidos na preparação do encontro.
Um dos produtos mais exportados pelo Brasil são placas de aço semi-acabado, cuja cota atual é de 3,5 milhões de toneladas anuais. A produção dessas placas usa carvão metalúrgico vindo dos EUA. Assim, a ampliação da cota levaria a um aumento de empregos também em estados como a Virgínia, que exporta US$ 400 milhões do material ao Brasil por ano, argumentam negociadores brasileiros.