Após o discurso do presidente dos Estados Unidos, Bolsonaro disse que governo do PT defendeu enriquecimento de urânio pelo Irã
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro exibiu uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook, enquanto assistia, pela emissora GloboNews, o discurso do presidente americano Donald Trump, nesta quarta-feira (08).
LULA
Ao fim do discurso de Trump, Bolsonaro resolveu adicionar um complemento e fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo ele, o petista defendeu o enriquecimento de urânio pelo governo iraniano enquanto era presidente da República.
“Queria dizer apenas uma coisa. O senhor Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Irã e lá defendeu que aquele regime pudesse enriquecer urânio acima de 20%, que seria para fim pacífico”, disse Bolsonaro. “Nós temos que seguir as nossas leis, nós não podemos extrapolar. Mas acredito que a verdade tem que fazer parte do nosso dia a dia e que nós queremos paz no mundo.”
O presidente da República ergueu ainda a Constituição Federal com as mãos e afirmou que, segundo o texto, é dever do Brasil defender a paz e repudiar o terrorismo.
Bolsonaro fez referência ao apoio que Lula manifestou em 2009 ao “direito do Irã a desenvolver energia nuclear para fins pacíficos”, desde que houvesse “pleno respeito aos acordos internacionais”. À época, o então presidente Mahmoud Ahmadinejad chegou a visitar Brasília para falar sobre o tema com o petista.
SOLUÇÃO DIPLOMÁTICA
Em 2010, Lula visitou o Irã para mediar a questão do programa nuclear. Naquele período, Barack Obama era presidente dos Estados Unidos e também trabalhava por uma solução diplomática. Em 2015, Obama firmou um acordo nuclear com o Irã, que foi rejeitado em 2018 por Trump.
‘O MAIOR TERRORISTA DO MUNDO’
Trump fez pronunciamento na Casa Branca nesta quarta-feira 8 para responder aos ataques iranianos às bases com tropas americanas no Iraque. Segundo ele, os Estados Unidos eliminaram o “maior terrorista do mundo” ao matarem Qasem Soleimani, general iraniano de alto escalão do Irã, assassinado na sexta-feira 3.
O presidente dos EUA disse ainda que nenhum americano ou iraquiano foi morto após os ataques do Irã. Além disso, anunciou que vai impor novas sanções econômicas ao país.