Cultura

Bia Bedran faz oficinas em Ferros e São Domingos do Prata

BELO ORIENTE – As atividades do mês de abril do Projeto Contos Locais já começam marcadas pelas oficinas da compositora, cantora, atriz e educadora musical Bia Bedran. Realizadas nas cidades de Ferros, para os educadores de Ferros e Santa Maria de Itabira, e na cidade de São Domingos do Prata, para professores daquele município, as oficinas buscaram capacitar educadores para orientar os alunos que irão a campo em busca das histórias das cidades contempladas com os Contos Locais, ensinando a eles sobre como garimpar os casos, ouvir e relatar as histórias.

O Projeto Contos Locais está em seu terceiro ano, é uma realização da MC Produção com patrocínio da CENIBRA, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo Ministério da Cidadania

Dentre os ensinamentos de Bia Bedran durante as oficinas, a importância da escuta ganhou destaque. “Para se contar histórias, é preciso saber ouvir. O dom de ouvir desperta o dom de narrar, de escrever. É também muito importante estudar bem a história que se vai contar, mesmo quando ela vai ser lida”.

A oficina com Bia Bedran envolveu mais de 300 pessoas, entre educadores e convidados. A Secretária de Educação de Ferros, Betânia Lage da Silveira, define como incrível a experiência com a oficia. “Os conhecimentos adquiridos durante a oficina serão levados para as salas de aula e vão ajudar grandemente os nossos alunos. Saímos transformados dessa oficina.”.

GRANDE AULA

Para Maria do Perpétuo Socorro de Castro Freitas Pereira Lutfala, secretária de Educação de São Domingos do Prata, a oficina foi uma grande aula. “A forma como a Bia conta as histórias nos faz entrar no mundo de cada um desses contos e vivenciar tudo que é narrado de forma muito prazerosa. Nossos professores já trabalham, há tempos, com as músicas as histórias da Bia que, agora, irão ganhar formas diferentes de serem contadas”.

Segundo observa Bia Bedran, a oficina, dentro do projeto Contos Locais, tem uma função especial, despertar nos educadores o gosto pela leitura, pela narração e aguçar o seu dom da escuta. “Todos precisam ouvir para contar, ouvir para tornar a pesquisa saborosa e frutífera. É necessário estar atento a tudo para que nenhuma história passe despercebida por quem está em busca delas. Estar atento para que nada se perca de nós; afinal, nós passaremos, mas as histórias, não”.

NOVA ETAPA

O escritor Cristiano Lopes comenta sobre as próximas etapas do projeto: “Agora, os professores vão transmitir aos alunos o que aprenderam com a Bia, durante oficinas que serão realizadas na próxima semana nas três cidades onde está acontecendo os Contos Locais – Ferros, Santa Maria de Itabira e São Domingos do Prata. Após a capacitação, os alunos irão a campo buscar as histórias que serão selecionadas, redigidas por mim e transformadas em livros. Creio que, até setembro, estaremos lançando as obras nos municípios contemplados com o projeto. Os livros serão distribuídos gratuitamente para as cidades que terão imortalizadas as suas histórias”.

VIAGEM

Em consonância com a percepção dos participantes, Wilson Liberato, presidente da Fundação Monique Lecrercq, em São Domingos do Prata, avaliou que a “oficina veio a calhar como o dia a dia da Fundação, que se dedica muito ao ensino das artes, da literatura. Gostamos de proporcionar às crianças a oportunidade de viajar por meio das histórias. A Bia veio nos motivar ainda mais a continuar fazendo mais e melhor o nosso trabalho. Em São Domingos do Prata, não temos crianças nas ruas, mas envolvidas com as artes e o esporte, as principais armas que temos para educar os meninos’.

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