quarta-feira, novembro 27, 2024
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Azul e BlueSky transportam aves em extinção até Refúgio

Companhia aérea apoia no transporte de oito ararinhas-azuis, que após reprodução em cativeiro serão reintroduzidas na natureza

SÃO PAULO – A Azul, maior companhia aérea em número de voos e cidades atendidas no Brasil, junto com a sua unidade logística, a Azul Cargo, empresa número 1 em transporte aéreo de cargas no país, realizaram na última quinta-feira (18) um transporte especial. Ao invés de clientes ou animais de estimação, a aeronave Pilatus foi adaptada para receber oito ararinhas-azuis, aves que estão em extinção na natureza. A aeronave decolou às 15h do BH Airport, na capital mineira, e pousou às 18h no aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, ambos operados pela CCR Aeroportos. Depois, as aves foram transportadas por via terrestre até o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-azul, em Curaçá, na Bahia, onde serão reintroduzidas no seu habitat natural, a caatinga. Essas são as primeiras nascidas em cativeiro no Brasil e que finalmente poderão voar em liberdade na natureza.

Segundo Tariana Cruz, gerente Geral de Marketing da Azul, foram meses de planejamento para finalmente chegar esse momento único para a empresa. “É um orgulho participar de parte deste processo. A Azul cuidou deste transporte aéreo e tudo foi feito com cuidado e organização para que o voo fosse direto, evitando o máximo de estresse para as aves durante o percurso. Estamos emocionados e felizes de poder contribuir com esse projeto, que apoiamos desde 2020, por meio de ações como o avião Ararinha-azul, que é uma aeronave Embraer E2 com uma pintura especial em homenagem a espécie, feito pelo artista Luiz Pardal”, explica Tariana.

Todas as ações para salvar a espécie fazem parte do Plano de ação nacional para conservação coordenado pelo ICMBio/Governo Federal. No início dos anos 2000, a ave foi considerada extinta da natureza. Foi necessária a reprodução em cativeiro para iniciar a reintrodução no seu habitat natural. As primeiras aves foram soltas em 2022 no Refúgio, de forma gradual, e são acompanhadas por meio de rastreadores. O projeto BlueSky alerta também que é preciso atuar na conservação e preservação da caatinga, que é casa dessa e outras espécies. “O tráfico ilegal e a destruição do meio ambiente são dois fatores que contribuíram para a ararinha-azul ser considerada extinta, por isso, nosso projeto é sermos os guardiões das ararinhas, protegendo não apenas a espécie como a caatinga”, informa Ugo.

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