(DO EL PAÍS) – Um avião Boeing 167-300 da Air Canada com 128 passageiros realizou na tarde desta segunda-feira um pouso de emergência na Espanha, no aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas. Ele havia decolado às 14h30 (10h30 em Brasília) do mesmo aeroporto com destino a Toronto, mas apresentou uma falha técnica no trem de pouso ao decolar. Além disso, destroços do pneu avariado atingiu uma das turbinas. A partir de então o avião ficou sobrevoando os céus de Madri, queimando combustível no ar para poder efetuar uma manobra de emergência com o menor perigo possível para os passageiros, segundo informou a Enaire, responsável pelo controle aéreo da Espanha.
Segundo os primeiros relatos do incidente, logo após decolar uma roda sofreu sérias avarias e acabou estourando. Nesse momento, os restos do pneu se alojaram em um dos motores, motivo pelo qual decidiu abortar o trajeto inicial e informar a torre de controle que realizaria a aterrissagem. “Vamos aterrissar no aeroporto de Barajas, mas temos os tanques cheios de combustível. Então vamos seguir circulando no ar até gastar um pouco de combustível para estar mais leve no momento do pouso. Todo está sob controle”, disse o piloto aos passageiros, tratando de acalmá-los. “O avião tem no trem de pouso na parte de trás oito rodas de cada lado, e na parte dianteira também. Perdemos apenas uma roda, então não haverá problemas para a aterrissagem. Muito obrigado pela sua paciência”, completou.
A Enaire e o aeroporto prepararam então uma pista para que o avião fizesse a aterrissagem. Além disso, um caça F-18 do Exército do Ar decolou da base aérea de Torrejón para avaliar no ar os danos no Boeing da Air Canadá. Também prestará apoio logístico, segundo fontes da Defesa, informa Miguel González. Fontes do Ministério do Interior informaram que o incidente está sendo acompanhado da sede da pasta. O dispositivo de Proteção Civil já foi acionado no aeroporto, e é provável que os efetivos de emergência da Guarda Civil e da Polícia Nacional também estarão disponíveis ― neste momento estão em pré-alerta. Um gabinete de crise também foi formado no aeroporto, com funcionários dos serviços de Emergência (SAMUR), Polícia, Guarda Civil, AENA (operadora dos aeroportos espanhóis) e a Direção Geral de Aviação, informa Patricia Ortega.