BH – O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE) e outras entidades que integram a Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, realizaram uma manifestação nesta quarta-feira (8), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O movimento protestou contra o reajuste de 3,62% e o arrocho salarial dos servidores; o desmonte dos serviços públicos, que compromete a entrega de demandas da população em diversas áreas; aumento de taxas do Ipsemg e outros ataques aos trabalhadores promovidos pelo governo Zema.
POLÍTICA DE CASHBACK
A coordenadora-geral do SindUTE-MG, Denise de Paula Romano, disse que “este 8 de maio foi um dia de paralisação da rede pública de Minas Gerais para dizer para o governo do Estado que 3,6% não é suficiente e que nós também não aceitaremos aumento de contribuição do Ipsemg”.
Conforme ela, o governo do Estado pretende estabelecer uma política de cashback. “O reajuste de 3,62%, mais a contribuição do Ipsemg, por exemplo, para professores que tenham acima de 59 anos, vai aumentar em 1,2%, então, serão 4,4%. Hoje foi o dia de cobrar o Piso e que o reajuste seja satisfatório para a categoria, porque 3,62% é insuficiente, não chega nem perto do que o governo nos deve em relação ao Piso Salarial Nacional e não repõe sequer a inflação do último ano”, arrematou.
ESTUDANTES E TRABALHADORES
Estudantes da UEMG participaram do ato defendendo a manutenção da Universidade Estadual de Minas Gerais, alvo de projeto privatizante do governo, assim como a Copasa e outras empresas públicas. Os manifestantes também denunciaram as investidas do governo Zema para acabar com os institutos de previdência de servidores civis e militares.
Durante o ato, vários dirigentes sindicais e lideranças políticas se revezaram ao microfone do trio elétrico estacionado em frente à Assembleia Legislativa. Os discursos, além das críticas e denúncias, destacaram as mobilizações dos trabalhadores da educação e as paralisações regionais previstas para o próximo dia 13.
PARALISAÇÕES
Conforme as informações apuradas nesta quarta-feira, foram registradas paralisações totais ou parciais em diversos setores do serviço público no Estado, como unidades da Copasa, escolas estaduais, unidades de saúde, delegacias de polícia e outros órgãos.
MARKETING E REALIDADE
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), disse durante o evento que a luta dos servidores públicos é essencial. “Não adianta o governo dizer que tem orgulho do resultado do serviço público, utilizando estes serviços para propaganda e marketing, mas continuar com a prática da destruição. A Copasa leva água e expertise ao povo do Rio Grande do Sul, mas o governo quer privatizá-la. Os bombeiros e Policiais Militares de Minas prestam seu serviço público no Sul, mas o governo não paga o que eles merecem. Usa o marketing, mas quer privatizar a saúde pública, acabar com o instituto de previdência dos servidores civis e militares”, discursou a deputada.