Policia

Assassinato no Novo Tempo é desvendado

Elias foi morto por trio que disparou várias vezes contra ele

TIMÓTEO – A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou o assassinato de Elias Maia Ribeiro, ocorrido em maio de 2011, no bairro Novo Tempo, em Timóteo. O relatório final apresenta o indiciamento de Werik Arcanjo Fernandes Costa e Jarisson Nonato da Silva pelo crime do homicídio duplamente qualificado.

Elias, então com 33 anos, foi morto na rua Satélite por volta de 0h30. Segundo a perícia, o homem foi atingido de costas por sete disparos. Três indivíduos encapuzados chegaram a pé onde estava Elias e efetuaram vários disparos contra ele. A vítima tinha passagens pela polícia por crimes de roubo, dano ao patrimônio, desacato, entre outros delitos. Ele também era usuário de drogas.

No momento do crime, Elias estava em companhia de um menor. Inicialmente, o adolescente contou que caminhava com o homem pelo bairro quando foram abordados pelo trio, que atirou contra a vítima, atingindo-a fatalmente. O adolescente conseguiu evitar ser atingido porque teria fugido e se abrigado em uma escola até que os autores fossem embora. Na ocasião, o menor chegou a identificar o grupo responsável pelo atentado.

Entretanto, em novo depoimento, o jovem mudou sua versão, dizendo, inclusive, que não conhecia nenhum dos suspeitos pelo assassinato. A polícia acredita que o motivo seja o medo de retaliação, uma vez que atualmente o jovem se encontra preso em Timóteo e divide a cela com um dos suspeitos de matar Elias.

Ao todo, foram ouvidas 11 testemunhas, entre elas o pai e a mulher do principal suspeito: Werik. Segundo o inquérito, os familiares entraram em contradição em suas oitivas, o que leva a crer que tentaram, de forma equivocada, proteger o suposto assassino. Durante as investigações, Werik foi apontado como sendo um assassino de aluguel temido por todos no bairro Novo Tempo. Seu nome também aparece em várias tentativas de homicídios e em dois assassinatos registrados na cidade de Timóteo. Contudo, em depoimento, negou ser o autor da morte de Elias.

O outro indiciado pela morte, Jarisson, também negou participação no crime e disse não conhecer Werik e nem mesmo a vítima. Hoje, o suspeito se encontra preso na unidade prisional de Timóteo por ter furtado a motocicleta do irmão de Elias.

HOLANDA
A polícia também apontou como participante na execução o menor M.P.E. Entretanto, não foi possível a colheita de suas declarações nos autos porque ele teria se mudado do Brasil. O jovem seria pertencente a uma família presa na cidade por tráfico de entorpecentes. Mãe, irmão, tio e o próprio adolescente foram detidos durante os trabalhos da operação Eldorado, sendo que os três primeiros permanecem presos até os dias atuais. O jovem, após ser apreendido, foi liberado pela Justiça e se mudou para a Holanda.

Mesmo com a fuga, o adolescente foi citado no relatório final da Polícia Civil, que será remetido à Justiça para que seja dado início ao processo. Os dois maiores foram indiciados por homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e utilização de recurso que dificulte a defesa da vítima. Se condenados, os dois podem pegar penas de 12 a 30 anos de prisão.

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