(*) Wanderson R. Monteiro
No mundo atual não é novidade para ninguém que uma grande parte da sociedade é avessa a todo e qualquer tipo de padrões e absolutos, sejam esses padrões morais, sociais, culturais, éticos, estéticos ou religiosos. Diante de tal situação, aqueles que ainda insistem em seguir alguma regra de conduta e certezas baseados em alguns desses padrões e absolutos são constantemente instigados, confrontados e influenciados por essas pessoas e, principalmente, pela grande mídia, a abandoná-los e a rejeitá-los, usando o pretexto de serem “ultrapassados”, “controladores”, ou coisas ainda piores.
Como é fácil de se constatar, o relativismo se tornou o novo absoluto. A ideia de que “não existem absolutos” se tornou o novo absoluto para a sociedade atual, onde cada pessoa passou a julgar tudo através da sua única e, na maioria das vezes deturpada, visão de mundo. Tais pessoas parecem pensar que todas as coisas devem funcionar de acordo com sua visão, de acordo com aquilo que elas mesmas estabeleceram como regras para o funcionamento do mundo e da sociedade. Seu único padrão de absoluto é a sua própria visão relativista, onde tudo deve se encaixar e funcionar de acordo com suas regras pessoais e suas vontades egoístas.
Uma sociedade onde cada um tem suas próprias regras individuais, sem um padrão aceito por todos, que os tornaria realmente em uma “comunidade”, mais cedo ou mais tarde encontrará o caos como consequência inevitável da falta de integração e compreensão de seus indivíduos, que buscam fazer todas as suas vontades, infringindo leis e padrões, movidos completamente pelo hedonismo que tomou conta de nossa época.
Uma sociedade relativista, que não reconhece padrões pré-estabelecidos, que não reconhece regras ou leis, se torna uma sociedade que caminha à barbárie e para a sua própria destruição. Onde não há padrões absolutos que se impõem e se sobressaem, reina o caos. É necessário valorizar os padrões que regem e protegem a sociedade da corrupção do gênero humano, que é movido pela satisfação de seus prazeres e vontades. Precisamos, urgentemente, de pessoas que rompam com essa forma relativista de viver e que batalhem constantemente pela preservação dos valores que nos tornam pessoas melhores, que nos tornam em uma sociedade melhor, que restaurem as bases que nos dá e nos trás uma “comum-unidade”.
(*) Wanderson R. Monteiro é jornalista e escritor. Autor do livro “Cosmovisão em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade”. Vencedor de quatro prêmios literários. Coautor de 13 livros e quatro revistas.
(São Sebastião do Anta – MG)