BRASÍLIA – Os governos de Brasil e Estados Unidos divulgaram uma nota conjunta afirmando que o encontro realizado hoje entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, foi positivo.
Os dois conversaram sobre comércio e questões bilaterais. “Hoje, o representante Comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, e o secretário de Estado, Marco Rubio, se reuniram com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e tiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em curso”, diz o comunicado, divulgado pela Agência de Representação Comercial e pelo Departamento de Estado dos EUA, bem como pelo Itamaraty.
COLABORAÇÃO
A nota afirma que eles concordaram em trabalhar em colaboração. “Concordaram em colaborar e conduzir discussões em múltiplas frentes no futuro imediato e estabelecer um caminho de trabalho a seguir.”
Comunicado também diz que Donald Trump e Lula se encontrarão na “primeira oportunidade possível”. “Ambos os lados também concordaram em trabalhar juntos para agendar uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Lula na primeira oportunidade possível”.
HARMONIA
Divulgação de nota conjunta indica grau de harmonia relatado pela parte brasileira. Posicionamento significa que os dois governos concordaram integralmente na descrição dos fatos como se deram na reunião.
Vieira já havia dito que os presidentes se encontrariam em breve. Segundo o chanceler brasileiro, o clima no encontro era excelente e descontraído.
PRIMEIRA RODADA
Esta foi a primeira rodada de negociação oficial entre Brasil e EUA desde o início da crise bilateral. Em julho, o governo de Donald Trump decidiu impor tarifas adicionais a produtos do Brasil, além de restrições de vistos e sanções financeiras a autoridades brasileiras.
A falta de qualquer tipo de anúncio imediato não é vista pela diplomacia brasileira como um mau resultado. Ao contrário, a expectativa original dos diplomatas é que esse seria, de fato, apenas um primeiro passo na negociação — mas que de agora em diante, questões setoriais e cifras tarifárias.