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Apesar de divergências, SAMU Regional caminha para solução

BH – As duas principais lideranças do Vale do Aço na Assembléia Legislativa, o deputado Celinho do Sinttrocel (PC do B) e a deputada Rosângela Reis (PROS), tem posições diferentes quando a implantação do SAMU Regional. O Governo de Minas quer unificar o Consórcio do Vale do Aço (Cisvales) e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência do Leste de Minas (CONSURGE), sediado em Governador Valadares, para implantação do serviço de urgência e emergência na região Leste.
O deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) defendeu em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa a implantação do SAMU Regional pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales, o CISVALES, com sede em Ipatinga.

CRITÉRIOS
Celinho argumentou que o Consórcio do Vale do Aço está estruturado para gerir o SAMU garantido atendimento a todos os 35 municípios que integram o Colar Metropolitano do Vale do Aço e também para administrar o serviço nos outros 50 municípios que integram o CONSURGE. “A região do Vale do Aço tem um complexo siderúrgico formado por diversas empresas de grande porte, a região é a segunda metropolitana do Estado e soma quase um milhão de habitantes. Estamos aptos a assumir a administração desse serviço tão importante para a melhoria do sistema de saúde na região”, enfatizou o deputado.

MERECIMENTO

Ele afirmou que já conversou com o secretário de Saúde, Sávio Souza Cruz e até mesmo com o governador Fernando Pimentel sobre a questão, defendendo os interesses de todo o leste de Minas na demanda pela implantação do SAMU. “Queremos sensibilizar ao Governo de Minas para que prestigie a região do Vale do Aço, destinando para o CISVALES a administração do SAMU Regional leste. O nosso Vale do Aço merece essa atenção”, finalizou.

ALTERNATIVA
Nesta terça-feira (29), a deputada estadual Rosângela Reis, acompanhada de outros quatro parlamentares e sete prefeitos da região, se encontrou com o secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, propondo que diante da dificuldade financeira vivida pelo Governo do Estado, a saída para o Samu Regional começar a funcionar pode ser a unificação entre o Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales (Cisvales) e Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência do Leste de Minas (Consurge).
Até então, os dois consórcios disputavam a implementação de forma separada por questões políticas, o que dificultava o aporte financeiro do Estado. Agora, com a possibilidade de união, Odair Cunha afirmou que realizará um levantamento sobre a viabilidade da iniciativa e uma nova reunião será realizada na segunda semana de setembro, inicialmente agendada para o dia 12, para responder se a antiga demanda será ou não atendida.

SUCATEAMENTO
Rosângela Reis expôs a situação para o secretário e pediu prioridade na instalação do Samu Regional do Leste de Minas, uma vez que processos licitatórios já foram realizados, ambulâncias estão paradas e sucateando devido à inatividade, além de equipamentos e insumos sendo depreciados.
“A implantação ajudaria até na regulação de entrada de pacientes na rede de urgência e emergência, que atualmente precisam ficar esperando vagas com a Central de Leitos, ligando para ver onde pode fazer o encaminhamento. Com o Samu Regional, pacientes de cidades menores já saberiam para onde seriam levados”, afirmou a deputada Rosângela.

UNIÃO
O tema da implementação foi pauta de reuniões durante todo o dia. Pela manhã, Rosângela Reis se encontrou com prefeitos de sete cidades, incluindo os presidentes dos dois consórcios: o prefeito de Governador Valadares, André Merlo (Consurge), e prefeito de Ipatinga, Sebastião Quintão (Cisvales). Após a reunião interna, a comitiva também se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes, que se comprometeu a lutar pela causa e prometeu reforçar o pedido de implementação com o governador Fernando Pimentel.
Os prefeitos mostraram o descontentamento diante da demora da implantação, uma vez que estão contribuindo financeiramente para viabilizar o serviço e não possuem o retorno de atendimento. Caso ocorra a união dos consórcios, o Samu Regional atenderá 86 municípios. Detalhes de como será feita junção serão definidos futuramente.
Além do custo menor de operação com a junção dos dois consórcios, a unificação também possibilitaria que a manutenção passe a ser tripartite, ou seja, com custeio compartilhado entre a União, o Estado e os municípios. O compartilhamento dos custos é possível se o número de pessoas da região atendida superar 1,5 milhão de habitantes.
Também estavam presentes nas reuniões os prefeitos de Mantena, João Rufino Sobrinho; de Peçanha, Eustáquio Braga; de Resplendor, Diogo Scarabelli Júnior; de Aimorés, Marcelo Marques; de São Geraldo de Piedade, Ozanan de Farias.

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