Cidades

Anastasia reduz tarifas de ônibus metropolitano

Anastasia: “Identificar as reivindicações e avançar é o propósito de todos os governantes de boa vontade”
(Crédito:Omar Freire/Imprensa MG)


IPATINGA
– As passagens do transporte público metropolitano, entre os 34 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ficarão 3,65% mais baratas. A medida passará a valer a partir do dia 1º de julho e foi anunciada nesta quinta-feira (20) pelo governador Antonio Anastasia, no Palácio Tiradentes. A tarifa preponderante, ontem em R$ 3,45, terá uma redução de R$ 0,15. A decisão será publicada no Diário Oficial do Estado – “Minas Gerais” – edição desta sexta-feira (21/06).

“Tomamos a decisão de, por ato administrativo do Estado, reduzir a tarifa do transporte coletivo metropolitano de Belo Horizonte em R$ 0,15 para a tarifa preponderante. Hoje, ela está em R$ 3,45 e será reduzida a partir do dia 1º de julho para R$ 3,30. Como temos muitos grupos tarifários na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela é fixada em razão da distância, as demais tarifas serão também reduzidas na mesma proporção. Essa redução será em relação à tarifa do transporte metropolitano, que é competência do Estado de Minas Gerais”, disse Antonio Anastasia.

LINHAS
A decisão do governador abrange 745 linhas de ônibus gerenciadas pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e fiscalizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG). Ela não inclui o transporte urbano, que é gerenciado pelos municípios. A menor tarifa, no valor de R$ 2,25, é praticada em 16 linhas. A maior é R$ 28,10 (Baldim – Belo Horizonte).

O governador ainda explicou que a redução das tarifas não implicará em cortes de investimentos no Estado.
O último reajuste nas tarifas do transporte metropolitano aconteceu em 30 de dezembro de 2012, sendo de 6,21%, correspondendo à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

MANIFESTAÇÕES
Sobre as manifestações que ocorrem no Estado e em todo o país, o governador afirmou estar permanente aberto “a identificar, de modo muito claro, as reivindicações, quais seriam as formas que nós poderíamos discuti-las para que nós possamos, é claro, sempre avançar. É esse o propósito, tenho certeza, de todos os governantes de boa vontade”.
Anastasia reiterou a disposição do poder público mineiro em colaborar para que tudo ocorra de forma pacífica e respeitosa, destacando a importância das reuniões que têm ocorrido em várias instâncias, para discutir o movimento.

“Temos iniciativas e reuniões positivas, que demonstram de todas as partes a vontade de identificar as formas para que essas manifestações sejam pacíficas, respeitosas, que as pessoas manifestem eventualmente o seu desagrado, a sua reivindicação, que é perfeitamente legítima, mas dentro de um clima de ordem, tranquilidade, em clima pacífico, como os próprios manifestantes falam sem violência”, destacou.

Sobre a ação da Polícia Militar e o pedido para a não utilização de balas de borracha durante os atos de manifestação, o governador disse que intenção das forças de segurança é, sempre, evitar a violência.
“A Polícia Militar de Minas Gerais, que é uma organização reconhecida, todos conhecem bem o seu trabalho, tem uma orientação do governador para evitar, sempre, qualquer tipo de violência de qualquer parte. Todo excesso deve ser condenado. Mas, por outro lado, também ela não pode permitir que haja distúrbios que levem a colocar em risco a integridade de pessoas e de patrimônio público e privado. Ela vai saber dosar no momento exato o instrumento que deve utilizar. A Polícia é a última a querer utilizar qualquer tipo de armamento e ferir as pessoas”, ponderou.

LIÇÃO
Antonio Anastasia disse, ainda, acreditar na lição das manifestações, que tem o propósito de estimular a conversa entre o poder público e a sociedade. Segundo o governador, o Estado está aberto a debates.
“Acredito que não só o meu partido, mas todos os demais vão se debruçar sobre esse fato, vão conversar. Temos que identificar de maneira um pouco mais clara as reivindicações, que ainda estão um pouco difusas. Acho que de tudo isso deve haver sempre uma lição, uma lição de ficarmos mais abertos, de conversarmos mais com a população, até para percebermos esse clima que surgiu assim aparentemente de repente, não devia ser tão de repente assim, já era alguma coisa que certamente estava grassando no meio da sociedade. Volto a dizer, a boa vontade é total, o intuito de ajudar a manifestação e que ela ocorra de modo pacífico é absoluto. Agora vamos ver quais são as circunstâncias que isso vai ocorrer e eu tenho certeza que vai ocorrer de modo positivo”, completou.

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