Cidades

Alunos do ensino médio podem ficar sem transporte escolar em Timóteo

Quase 500 alunos que cursam o ensino médio na Escola Estadual Professor Haydee Souza Abreu, no bairro Limoeiro, podem ficar sem transporte escolar

TIMÓTEO – Os alunos dos bairros Macuco e Licuri, que cursam o ensino médio na Escola Estadual Professor Haydee Souza Abreu, no bairro Limoeiro, só terão o transporte até a unidade escolar por mais 45 dias. O mesmo vale para os alunos dos bairros Petrópolis e Cachoeira do Vale que estudam na Escola Estadual João Cota e Escola Estadual José Ferreira Maia, situadas no distrito de Cachoeira do Vale.

É que a Prefeitura de Timóteo anunciou cortes nas despesas com o serviço, uma vez que o convênio com a Superintendência Regional de Educação em Coronel Fabriciano, no valor de R$ 24 mil, não cobre os custos do transporte, estimados em quase R$ 144 mil ao ano.

Durante a reunião ordinária nesta segunda-feira (18), na Câmara de Timóteo, o vereador José Vespasiano (PT) havia comentado sobre a situação delicada dos estudantes. A Comissão de Educação do Poder legislativo vai tentar buscar o diálogo com o governo do estado para manter o transporte dos alunos. “O grande problema que a educação de Timóteo vive é o transporte escolar. O repasse que o governo estadual faz através de convênio com o município é um valor que não dá para bancar o transporte do ensino médio. Então há esse entrave do segundo grau, que é responsabilidade do Estado. O valor do repasse anual é R$ 24 mil, mas por mês a despesa é R$ 15 mil”, contou.

45 DIAS
Diante do impasse, o secretário de Governo Eduardo Carvalho informou que o serviço será mantido por 45 dias. Por isso, o transporte de quase 500 alunos da área considerada rural está ameaçado. “Muito embora não seja nossa responsabilidade, vamos fazer esse esforço extra para que os alunos não saiam prejudicados. O Estado repassa ao município apenas R$ 24 mil anuais para cobrir eventuais gastos de transporte com alunos da rede estadual de ensino. Esses valores não são suficientes para cobrir o que gastamos. Na verdade, não cobre dois meses de transporte desses alunos”, destacou.

NEGOCIAÇÃO
Para resolver o problema em definitivo, uma comissão será formada para negociar com a Secretaria de Estado da Educação o aumento dos repasses para o transporte escolar ou o fornecimento de transporte direto. A comissão terá representantes de pais de alunos da rede estadual, Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal e Superintendência Regional de Educação.

De acordo com a Prefeitura, a economia feita com o fim das “despesas extras” deverá ser revertida para construção de uma nova escola, equipar melhor as instituições existentes, comprar material didático de qualidade e investir em capacitação para os professores.


Segundo Eduardo Carvalho, uma
comissão mista vai dialogar sobre
a proposta de aumento no convênio

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