Apoio da Emater foi fundamental para o crescimento do negócio, que começou no fogão a lenha e hoje tem toda a estrutura adequada e legalizada para produção de banana chips
BH – Um olhar empreendedor, um ralador simples de alimentos, um fogão a lenha e assistência técnica do Governo de Minas, por meio da Emater-MG. Foi assim, na cozinha da roça, em São Gonçalo do Rio Abaixo, região Central de Minas Gerais, que a dona Aparecida Geralda Ribeiro e o genro Alan Diego começaram um negócio, que anos mais tarde se tornaria a renda de toda família.
A ideia veio do Alan, que durante um jantar no refeitório da empresa em que trabalhava, comeu uma batata chips que o surpreendeu. Curioso, foi até a cozinha perguntar qual era o segredo para fazer aquela batata tão sequinha, crocante e saborosa. “Perguntei para a moça como ela fritava, qual máquina usava para cortar. E ela disse que não tinha segredo nenhum, usava um ralador simples e colocava na gordura bem quente”, recorda o Alan.
BANANA CHIPS
Ele chegou em casa empolgado, confiante de que fazer chips para vender seria um bom negócio. Mas na propriedade em que moram não tinha batatas, mas tinha bastante banana. A dona Aparecida produzia a fruta e fornecia para o Ceasa.
“Aí eu trouxe, apresentei para a minha sogra o ralo. A gente já tinha a plantação de banana e sobrava muitas, que não eram aceitas no mercado. Aí nós começamos a fritar em casa mesmo, apresentamos para os colegas. Todo mundo gostou. E logo no começo vendemos tudo que produzimos para o supermercado da cidade”, conta.
E assim nasceu, há mais de 10 anos, as bananinhas São Gabriel, nome em homenagem à comunidade onde moram. A produção começou do jeito que deu, até o tacho era improvisado. “A gente não tinha nada, só o tacho que o Alan fez, que era uma panela de pressão que ele martelou até abrir”, lembra a dona Aparecida.
PROSPERIDADE
Com o apoio do Governo de Minas, por meio da assistência técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, que dá suporte à família desde o início, o negócio prosperou e se transformou na principal fonte de renda da família.
“A Emater foi a chave maior para nós, porque quando a gente estava fazendo as bananinhas no fogão a lenha veio uma técnica visitar a gente. Ela começou a nos levar para as feiras, ensinou a rotular, levou a cursos, tudo que a gente sabe foi a Emater que ensinou”, diz Aparecida.
Não demorou muito para toda família estar integralmente envolvida com a fábrica. “Minha filha Naiara, esposa do Alan, veio desde o começo. Depois tivemos que aumentar gente, meu marido teve que sair do serviço dele. O Alan também saiu da empresa que trabalhava e agora a família toda mexe com a bananinha”, conta a dona Aparecia.