Policia

Adolescente grávida é assassinada

Jovem foi morta com três tiros na cabeça

 

IPATINGA – Os moradores da rua Marmelos, no bairro Limoeiro, amanheceram chocados com um crime bárbaro ocorrido na noite de anteontem (17). A adolescente Mikaela Gonçalves Pereira, 17 anos, grávida de cinco meses, foi assassinada com três tiros na cabeça. O principal acusado é o ex-namorado Wallace Moreira da Silva, 20 anos, morador do Barra Alegre. O crime ocorreu por volta de 23h, na rua Manoel Vicente de Araújo.
Segundo informações dos familiares da vítima, Wallace teria telefonado para a jovem marcando um encontro no local do crime para entregar a ela um dinheiro a fim de fazer um exame de ultrassonografia. No local, testemunhas ouviram aproximadamente três disparos de arma de fogo. Mikaela ainda foi socorrida com vida ao Hospital Márcio Cunha, onde morreu.
Testemunhas disseram que ainda viram o acusado fugindo em uma motocicleta Honda Tornado preta. A perícia técnica da Polícia Civil compareceu ao local, apreendendo um projétil de arma de fogo calibre 38. A jovem foi atingida por dois disparos na cabeça e outro que transfixou o pescoço.

GRAVIDEZ

Mikaela e Wallace tiveram um breve relacionamento no ano passado. Desta relação, surgiu a gravidez e, em seguida, a separação. Mikaela ainda não sabia o sexo do bebê. Segundo os parentes, o dinheiro que Wallace iria entregar seria utilizado para fazer o exame para descobrir o sexo do neném.
Na manhã de ontem, na rua onde a adolescente morava, parentes, amigos e vizinhos estavam chocados com o crime. Na casa dela, o clima era de tristeza e revolta. Na cama onde ela dormia estavam as roupinhas do enxoval do bebê. A prima Maristela Pereira, 29 anos, disse que no início Mikaela não aceitava a gravidez, mas, com o tempo, seu sentimento foi mudando. “A barriga estava começando a aparecer, porque ela era muito magrinha. Mas a gente via a alegria dela quando ela passava a mão na barriga”, disse a prima.
Maristela conta que quando a família da adolescente descobriu que ela estava grávida, o pai da criança foi procurado pelos familiares da garota. Ele teria prometido assumir o filho e ajudar no que fosse preciso. “Ele estava até sendo humilde. Mas acho que ele estava revoltado sim. Ele não queria assumir a criança e por isso fez isso com ela”, considera Maristela.

JUSTIÇA

Este é o segundo assassinato da mesma família. Há cerca de dois anos, o irmão de Mikaela, o ex-detento conhecido pelo apelido de “Dentinho”, morreu assassinado a tiros por envolvimento com o tráfico de drogas. Os parentes estão revoltados e pedem justiça. “Se a justiça não agir, a gente tem que agir não é?”, diz revoltado o irmão de Mikaela, Bruno Fernandes, 27 anos.
Bruno conta que na tarde da última terça-feira (17) falou com Wallace por telefone a pedido de Mikaela, para pedir o dinheiro da ultrassonografia. Ele disse que durante a conversa não percebeu nenhuma raiva ou algum tom diferente por parte do acusado. “Nunca imaginei que ele iria fazer isso. Ela era uma criança, carregando outra dentro. Ela não merecia morrer. Meu outro irmão que morreu mexia com drogas, mas a Mikaela não, ela era uma criança limpa e pura”, lamenta o irmão.

DESCONHECIMENTO

Na residência do suspeito, foi localizado na gaveta do guarda roupa um coldre de revólver calibre 32. A mãe dele, Maria das Mercês Silva, contou que o filho saiu ontem à noite depois de tomar banho e não retornou. Sobre o relacionamento dele com Mikaela, a mulher diz desconhecer. “Eu nem sabia que esta menina estava grávida do meu filho. Ele nunca comentou nada a respeito e também não conheço a família dela”, disse a mãe do acusado.


Família está revoltada e pede justiça pelo crime


Segundo parentes, Mikaela estava contente com a gravidez e já começava a preparar o enxoval do neném

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