Policia

Acusados de vender vagas em cursos de Medicina são ouvidos

Todos os acusados de participação no esquema estiveram no Fórum de Caratinga      (Crédito: Portal Super Canal)

 

CARATINGA – Foi realizada nesta terça-feira (13) a primeira audiência judicial dos presos durante a Operação Hemóstase, no final do ano passado. Ao todo, 20 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) por envolvimento em um esquema de fraude em vestibulares de medicina.

A chamada audiência de instrução e julgamento teve início às 9h e foi realizada no Fórum Desembargador Faria e Souza, em Caratinga. A sessão foi presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Júlio Ferreira de Andrade. O objetivo era colher novas provas, sobretudo testemunhais, para o processo. A previsão era de que testemunhas de acusação, defesa e os próprios réus fossem ouvidos, mas os trabalhos não foram concluídos.

Entre os acusados, cinco se encontram detidos e chegaram ao Fórum sob a escolta de agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Todos os 20 réus compareceram e, das cinco testemunhas de acusação arroladas no processo, apenas dois delegados que participaram das investigações foram ouvidos. As outras três testemunhas foram dispensadas. Duas testemunhas de defesa de uma das rés, de 37 anos, também foram ouvidas. Os depoimentos começaram por volta das 17h.

Foram ouvidos alguns dos réus. Contudo, devido à complexidade do caso e do grande número de envolvidos, o juiz interrompeu os trabalhos e irá determinar, ainda essa semana, a continuação da audiência para outra data.

ENTENDA
As investigações da operação Hemóstase foram iniciadas há cerca de um ano pela Delegacia Regional de Caratinga. A apuração apontou que a organização criminosa auxiliava o candidato a ingressar ilicitamente no curso de Medicina, cobrando pelo serviço valores que variavam entre R$ 30 mil a R$ 140 mil, dependendo da modalidade de fraude utilizada.

O método podia ser aplicado por meio de telefone celular, ponto eletrônico, vaga direta, terceiros que faziam a prova no lugar do candidato ou pela falsificação de históricos escolares. De acordo com o inquérito, o golpe foi aplicado em faculdades particulares de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A Univaço, em Ipatinga, seria uma das instituições de ensino onde o grupo agia. O esquema também foi identificado na Unipac de Juiz de Fora, PUC e Faminas de Belo Horizonte, Unec de Caratinga, UI de Itaúna, Unig de Itaperuna e Nova Iguaçu (RJ), Unifeso de Teresópolis (RJ), FMP de Petrópolis (RJ) e Funjob de Barbacena.

 

 

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