Policia

Acusado de matar criança de 5 anos é condenado a 9 anos

(Fotos: André Almeida)

 

IPATINGA – Em julgamento realizado nesta sexta-feira (21) no Fórum de Comarca de Ipatinga, o lavador de carros Douglas de Leles Vieira, 20 anos, foi considerado culpado por quatro crimes, entre eles o assassinato de uma criança de cinco anos em 2011. O juiz Antônio Augusto Calaes sentenciou o réu em nove anos de prisão.

Douglas foi denunciado e acusado pelo Ministério Público por quatro delitos: furto qualificado, homicídio doloso – quando o acusado assume o risco de matar –, tentativa de homicídio e omissão de socorro.

No dia 20 de março de 2011, Douglas participou de um roubo de carro no bairro Veneza, em Ipatinga. Após consumir bebidas alcoólicas e fazer uso de drogas, o rapaz assumiu a direção do veículo mesmo sendo inabilitado e iniciou uma série de manobras perigosas em vias públicas.

Na rua Santarém, Douglas, em alta velocidade, invadiu uma calçada e atropelou e matou Christiane Pereira dos Santos, 5, que brincava na rua com outra criança, que também foi atingida, mas sem gravidade.

O julgamento desta sexta durou cerca de cinco horas. O representante do Ministério Público na acusação foi o promotor Rafael Pureza, que acompanhou o caso desde o início e também participou do primeiro júri, realizado em 2012 e anulado meses depois.

Pureza ressaltou que o acusado utilizou o carro como uma arma e afirmou que o fato não foi um acidente de trânsito comum. “Ele (Douglas) fez uso de drogas, fez uso de álcool, furtou o veículo, era inabilitado, dirigiu em alta velocidade fazendo ziguezagues quando atingiu uma criança na calçada”, afirmou.

O promotor frisou que a condenação representa um avanço para a Justiça de Ipatinga, que não havia registrado uma condenação por acidente de trânsito como homicídio doloso.

Douglas de Leles Vieira, que permanece preso desde 2011 no Centro de Remanejamento de Presos de Ipatinga, deve cumprir apenas uma parte da sentença e ser beneficiado com regimes de progressão de pena. Nos próximos dias, ele deverá ser encaminhado à cadeia de Ipaba.


Para promotor Rafael Pureza, morte de criança "não foi acidente comum"

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