No dia 20 de março de 2011, Douglas e um comparsa roubaram um Fiat Prêmio que estava estacionado na rua Teresina fazendo uso de uma chave falsa. O rapaz assumiu a direção do veículo mesmo sendo inabilitado. Segundo apurado na época, Douglas ainda havia consumido drogas e ingerido bebidas alcoólicas momentos antes.
Na rua Santarém, Douglas, em alta velocidade e realizando manobras bruscas, invadiu uma calçada e atropelou e matou a pequena Christiane Pereira dos Santos, que brincava na rua com outra criança, que também foi atingida, mas sem gravidade.
O carro conduzido por Douglas atingiu Christiane e bateu contra o muro da residência da garota, que foi prensada. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
FRIEZA
Preso um dia depois, o rapaz assumiu que estava sob efeito de bebida alcoólica e também que tinha fumado maconha. O réu foi indiciado por furto qualificado, homicídio doloso – quando o acusado assume o risco de matar – e tentativa de homicídio contra a amiga de Christiane. Contra Douglas, pesa ainda o crime de omissão de socorro, uma vez que ele fugiu em uma motocicleta logo após o atropelamento. Se condenado por todos os crimes, a pena do acusado pode chegar a 30 anos de prisão.
NOVO JÚRI
Esta é a segunda vez que Douglas será julgado por este crime. Em outubro de 2012, ele se sentou no banco dos réus e foi condenado a nove anos e seis meses de prisão em regime fechado.
Na época, a pena chamou a atenção porque foi o primeiro registro de condenação de um acusado de crime de trânsito em Ipatinga. Contudo, a defesa do rapaz recorreu da sentença junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que verificou uma falha na elaboração do questionário respondido pelos jurados e anulou a sessão.
Ainda assim, o réu permanece preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga. Em dezembro do ano passado, a Justiça negou a ele um pedido de revogação de prisão feito pela defesa.
O acusado será julgado no Fórum do Ipatinga a partir das 9:00h. O juiz Antônio Augusto Calaes presidirá a sessão e o promotor Rafael Pureza será o representante do Ministério Público na acusação de Douglas. Os defensores públicos José Geraldo Mafia Júnior e Letícia Fonseca Cunha serão os responsáveis pela defesa de Douglas de Leles Vieira.
Christiane Pereira dos Santos morreu ao ser atropelada por carro roubado por Douglas