Cidades

ACIATI-CDL reclama da concorrência desleal

Ambulantes vendem produtos piratas que não trazem benefícios algum para a cidade, como geração de empregos e arrecadação de impostos

TIMÓTEO – Com a proximidade das festas como Natal e Réveillon, uma tradição ruim ganha cada vez mais espaço no Centro Comercial de Timóteo: vendedores ambulantes burlam a fiscalização para vender produtos piratas e prejudicar o comércio formal da cidade.

Para resolver a situação, a Associação Comercial Industrial Agropecuária e Prestação de Serviços de Timóteo e Câmara de Dirigentes Lojistas, Aciati-CDL, vêm trabalhando intensamente, desde o início do ano, em parceria com a Prefeitura Municipal. São realizadas fiscalizações constantes para coibir os ambulantes. “O comércio formal já tem tido muitas dificuldades com a queda nas vendas. O momento esperado para recuperação seria agora, no entanto temos enfrentado uma concorrência desleal na frente das próprias lojas”, destaca Híler Félix, presidente da Aciati-CDL.

FISCALIZAÇÃO

A ACIATI-CDL já procurou o poder público manifestando sua posição com relação ao assunto e pedindo mais inspeções durante o mês de dezembro. A intenção é que essas fiscalizações contra os ambulantes sejam intensificadas com plantões nos finais de semana para que os comerciantes legais possam trabalhar sem este transtorno, aproveitando melhor a época do ano para suas vendas.

Na semana passada, a pedido a Aciati-CDL, a Prefeitura imprimiu uma fiscalização mais forte, notificando cada ambulante sobre a impossibilidade de permanecerem no local, o que gerou resultado positivo. “A Prefeitura tem que continuar com o ritmo mais intenso para que essa situação não traga ainda mais prejuízo para os empresários e a cidade como um todo”, reforça Híler.

PROBLEMAS
Um dos grandes problemas da informalidade é uma parte da população que alimenta essa prática. Comprando produtos piratas uma cadeia produtiva começa a se construir. Como não pagam impostos e não geram empregos, impõem uma concorrência desleal aos comerciantes da cidade. Enquanto as vendas e os novos postos de trabalho geram um ciclo saudável para a cidade, a informalidade beneficia apenas o próprio ambulante. A maioria destes ambulantes é de outras cidades, que após realizar suas vendas, levam o dinheiro que foi arrecado sem investir ou dar retorno para Timóteo.

MÃOS ATADAS
Um empresário que não quis se identificar, por receio de retaliação ao seu estabelecimento por parte dos ambulantes, se diz de mãos atadas para enfrentar o problema e espera que o poder público tome uma atitude mais eficaz e sustentável. “Entra ano e sai ano não mudou muita coisa. Enquanto eu pago uma fortuna de impostos e sou severamente fiscalizado, o ambulante fica solto pelas ruas, prejudica nosso trabalho e nossas vendas”, reclamou.

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