MST ocupa uma área às margens da BR-116, no município de Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce
Na madrugada do dia 5 de abril, mais de 600 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam uma área às margens da BR-116, no município de Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce. A ação reivindica a desapropriação da Fazenda Rancho Grande para fins de Reforma Agrária.
O MST reafirma: o abril de quem trabalha é, e sempre foi, vermelho. A ocupação é um ato constitucional. Terras que não cumprem sua função social devem ser destinadas à Reforma Agrária, como determina a Constituição.
“Qualquer ação violenta contra as famílias pobres que lutam pela terra é de responsabilidade do governador Romeu Zema, que incita o ódio e a violência no campo com falas inflamadas e irresponsáveis, criminalizando nossas famílias. Não podemos esquecer que Minas Gerais carrega marcas profundas da violência no campo. No Vale do Rio Doce, os companheiros Zé dos Peixes e Silvino Gouveia foram brutalmente assassinados por lutarem pela terra. Em Felisburgo, cinco Sem Terra foram executados por reivindicar o direito de produzir. Até hoje, a área onde ocorreu o massacre segue sem ser destinada à reforma agrária”, lembra a direção do MST em Minas.
“Nosso Movimento – prossegue os sem-terra – reafirma o compromisso com a construção do bem viver. Seguiremos produzindo alimentos saudáveis, plantando árvores e promovendo a agroecologia em todas as áreas ocupadas por nossas famílias. A paz e a segurança alimentar no campo têm nome: reforma agrária”.
